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Enviada em: 06/04/2019

Desde a Antiguidade, praticamente todos os povo, principalmente os imperadores romanos, praticavam o ato da adoção para obter sucessores em seus tronos, acolhendo crianças como filhos naturais no seio das famílias. Entretanto, no cenário hodierno, esse ato perdeu o caráter de natureza pública, limitando-se a ser apenas uma forma de ''consolo'' para casais considerados estéreis. De início, é importante apontar como impasse dessa problemática a burocracia no processo de adoção e a especificidade do perfil de crianças para cada família.          Primeiramente, é necessário ressaltar que para cada criança na fila de espera, há cinco famílias com interesse de adotar, de acordo com o Cadastro Nacional de Adoção(CNA). Existem, nos dias atuais, cerca de 6.567 crianças em condições de serem adotadas e mais de 35 mil famílias na lista de espera no Cadastro. Isso gera um processo longo e desgastante por parte das crianças, que possui esperança e ânsia de ser adotada com rapidez e, também, por parte das famílias.      Secundariamente, por lei o processo de adoção deveria durar, no máximo, 120 dias, mas, na prática, leva até cinco anos. Enquanto se perde um tempo precioso à  procura de pais biológicos sem vínculo afetivo, a criança envelhece nos abrigos, causando a desistência dos indivíduos que querem criar laços afetivos rapidamente com as crianças.        Portanto, nota-se que o país necessita propagar medidas que diminua a dificuldade no procedimento legal de adoção. Assim, o Estado deve otimizar a metodologia jurídica para o acolhimento das crianças e dos jovens pelos adotantes, aproximando-os durante todo processo com o acompanhamento de profissionais especializados nessa área. Destarte, em um cenário futuro, o laço afetivo irá ser tão importante quanto um vínculo sanguíneo.