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Enviada em: 10/03/2019

A adoção é um ato de extrema importância, visto que concede para muitas crianças e adolescentes a possibilidade de possuir uma família. É evidente que o processo de adoção no Brasil possui sérios entraves, uma vez que a seletividade dos possíveis adotantes, aliada à morosidade e burocracia existentes no procedimento contribuem para agravar a questão.     Referente as dificuldades existentes na adoção, é importante perceber que a seletividade dos possíveis pais é uma dificuldade no processo. Segundo o Cadastro Nacional da Adoção, o número disponível de adotantes é muito maior do que o número de crianças disponíveis para a adoção, mesmo assim, a preferência dos casais está voltada para crianças de até três anos, brancas e sem irmãos. Uma vez que esse perfil não condiz, em sua maioria, com a realidade, aqueles que não são adotados permanecem nos abrigos e instituições até a maioridade sem terem obtido convívio familiar.      Além disso, a dificuldade no procedimento se agrava com a problemática da burocracia. Muitas crianças vivendo nos abrigos possuem casais interessados em adotá-los, mas o processo não é continuado, sendo que por não terem sido destituídos do poder pátrio não podem ser adotados. Logo, a permanência nos abrigos implica no aumento de sua idade, deixando de atender ao perfil desejado pelos pais em potencial.     Sendo assim, para resolver os impasses no processo de adoção é necessário que os adotantes visitem os abrigos e instituições com o objetivo de conhecer as crianças para adequar o perfil ideal ao real, de modo a favorecer a criança ou adolescente além de seus interesses próprios. Além disso, é imprescindível que o Estado em parceria com a Vara da Infância dos municípios intensifique bem como agilize o processo de destituição pátria, facilitando o andamento assim como a concretização das adoções.