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Enviada em: 16/03/2019

Uma das reflexões possíveis sobre o Brasil diz respeito aos impasses no processo de adoção. Desde o período da idade média, por influência da igreja a adoção caiu em desuso, sendo restaurada apenas na França com o Código Napoleônico, em 1804. Apesar disso, com o decorrer dos anos os impasses ainda permeiam a sociedade. Nesse sentido, urge a necessidade de mudanças para resolver tal situação.             Na contemporaneidade, a demanda por crianças para adoção é na fase inicial, ou seja, nos primeiros dias de vida. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os adolescentes apresentam pouca demanda para o processo, a preferência é por bebês e sem irmãos. Segundo os futuros pais, o anseio maior é participar da fase inicial de vida da criança para que possam ensiná-los seus princípios familiares e tornarem seus referenciais. Em virtude disto, os adolescentes não são adotados por não se encaixarem no perfil solicitado, por apresentarem uma idade avançada.                           Além disso, ainda há a ineficácia do processo jurídico no quesito de adoção, o sistema é retrógrado. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção, existem 4.881 crianças cadastradas para adoção e 40.306 interessados em adotar no país. Consequentemente, o número de jovens cadastrados é inferior ao número de casais que desejam adotá-los. Uma vez que, os cadastramentos são demorados e acentuam-se com a carência de funcionários para dar entrada ao processo. Dessa forma, muitas crianças deixam de ser adotadas por na maioria das vezes, ultrapassar o prazo solicitado.                         Portanto, é essencial o surgimento de medidas para resolver tal situação. Cabe ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) juntamente com a mídia desenvolver campanhas publicitárias para os casais, no intuito de modificar a ideia da demanda e mostrá-los que o importante é a união do lar e não a idade do novo membro. E, compete ao governo investir no processo jurídico, aumentando o número de funcionários para que assim, aumente o número de crianças cadastradas e ampliem o número de crianças adotadas. Logo, com compreensão e tolerância, será possível, uma sociedade mais cooperativa.