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Enviada em: 20/03/2019

A questão dos impasses no processo de adoção no Brasil contemporâneo suscita debates sociais, visto que mesmo de uma forma lenta, a concepção de um perfil ´´perfeito`` das crianças para os pais vem sendo deixada de lado, de modo que se preze pela a ideia de que filho não é escolhido, filho apenas chega.    Uma das justificativas que corroboram essa ideia é que após a redemocratização do país, preconceitos foram deixados de lado, como o pensamento homogêneo e plural de ocorrer a adoção somente de crianças brancas, menores de 4 anos e sem problemas de saúde. Tal fator é comprovado ainda mais quando levantamentos da CNA (Cadastro Nacional de Adoção) demonstram que em 2010, 31% dos casais inscritos diziam indiferentes à cor da pele, mas em 2017, a porcentagem subiu para 38%. Logo, percebe-se uma mudança benéfica do pensamento geral de aptos a adotar.        Além disso, é perceptível que basta pequenas quebras na intolerância para colocar um fim nessa grande antítese social que é os pais quererem crianças menores que 5 anos, porém a maioria delas terem idades acima desse perfil. Essa ascensão social  se confirma ao visualizar que, ainda segundo a CNA, em 2015, 20% dos pretendentes a adoção exigiam crianças menores de 1 ano, já em 2017, essa porcentagem reduziu em 4%. Dessa forma, percebe-se, subliminarmente, uma grande aplicação das ideias de Heráclito no qual baseia-se em que ´´não se pode banhar duas vezes no mesmo rio``, ou seja, as mudanças estão acontecendo, mesmo que nesse caso seja de forma lenta.       Portanto, fica nítido a necessidade de ONGs que trabalham nesse ramo, com o apoio de instituições governamentais, divulgar em redes sociais e áreas midiáticas a conscientização, ainda maior, da importância de romper essas intolerância, a fim de que o número de indivíduos adotados cresçam não importando as suas características físicas. Dessa maneira, a sociedade poderá, enfim, estampar o ideal de progresso.