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Enviada em: 22/03/2019

Nos últimos anos, houve um aumento visível na taxa de adoções realizadas no país, a qual ainda está longe de ser a esperada. Ocasionalmente o número de crianças ociosas em abrigos é muito alto pois a alta burocratização do processo e a falta de preparo psicológico dos envolvidos contribuem para o agravamento desta situação. Portanto, é inadmissível que tal conjuntura continue ocorrendo.         Tendo em vista o lento processo de adoção e a falta de mecanismos efetivos para a verificação das famílias, não é incomum vermos casos de crianças que crescem a espera de um lar. Por consequência, a cada ano que se passa suas chances serem contempladas diminuem. Atualmente, no Brasil, cerca de 60% dos menores residentes em abrigos tem nove anos ou mais, logo, a preferencia por crianças ainda no início da primeira infância e sem irmãos gera um enorme descompasse, chegando a cerca de doze vezes mais candidatos a pais do que crianças. Fator que torna essa situação insustentável.         No país o processo de adoção é regulamentado pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que tem a função de assegurar um lar à todos os menores e também de fiscalizar desde a preparação até a conclusão do processo. Para a psicóloga da vara da infância de Natal, o preparo dos pais e das crianças é a parte mais importante, pois muitas vezes eles depositam muita expectativa, acreditando que elas possam resolver problemas afetivos e emocionais. circunstância essa, que ocasiona a quebra de expectativa entre o ideal e o real, resultando infelizmente no aumento de casos de devoluções de crianças.     É perceptível a noção de que a continuação dessa condição se tornou intolerável. Portanto é necessário que o Ministério da justiça invista em profissionais capacitados, capazes de avaliar as famílias e atuarem fortemente no preparo psicológico das partes envolvidas, de forma, à agilizar o processo e atenuar as ações devolutivas. Além disso é importante a estimulação através de campanhas informativas sobre os benefícios da adoção de crianças maiores. Dessa forma, haverá uma gradativa diminuição na taxa de crianças que no momento presente estão a espera de um lar.