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Enviada em: 28/03/2019

A adoção foi sempre um ponto presente, inclusive na história, como é o caso na mitologia romana, que narra sobre Rômulo e Remo, dois irmãos supostamente adotados por uma loba, que os aleitou depois de terem sido abandonados em um cesto. Na realidade, mediante fatores em âmbitos morais, sociais e burocráticos, a problemática do processo de adoção ainda se faz presente no país.       Em primeiro lugar, é importante destacar dados que mostram a atual situação nesse cenário. No Brasil, cerca de 8,7 mil crianças e adolescentes aguardam uma família em meio a um total de 43,6 mil pessoas que constam como pretendentes. Apesar de ser extremamente necessário um procedimento intensamente rigoroso para julgar a estrutura familiar postulante, os dados salientam a burocracia e a lentidão nos processos judiciais que envolvem a adoção no Brasil, no qual é apresentado um espaço de tempo abusivo e desnecessário entre a conclusão das entrevistas familiares e a adoção efetiva.       Outrossim, presencia-se também uma pré-seleção por parte dos adotantes, onde pode ser visto uma predileção por crianças ou bebês brancos e sem deficiência. O fato é, há uma tendência idealizada intrinsecamente ao modelo de filho desejado. Para Henri Bergson, escolher é excluir e, na realidade dos orfanatos, escolher quem perfilhar por características físicas, é privar uma grande parcela de crianças e adolescentes que esperam a adoção de terem, finalmente, uma família.      Portanto, é necessário que, para garantir maior agilidade nos processos judiciais, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) juntamente com o juizado da infância e juventude, devem focar em potencializar casos individuais a fim de ter maior rapidez nos casos conseguintes. Além disso, o Ministério da Comunicação deve laborar em quebras de idéias acerca das características físicas dos órfãos, por meio de debates e palestras, fazendo assim, com que os adotantes não selecionem pelo aspecto físico, assim como a loba do mito romano o fez.