Materiais:
Enviada em: 04/04/2019

Sabe-se que a fila para adoção no Brasil é longa, apesar disso, muitas crianças chegam a maior idade sem serem adotadas. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), existem diversos impasses na adoção, entre esses pode-se destacar a inflexibilidade dos pretendentes no quesito da idade do adotado, assim como só desejarem acolher uma única criança.        Primeiramente, a incompatibilidade difícil de ser suplantada é o fato de apenas 25,63% dos possíveis pais admitirem adotar crianças com quatro anos ou mais, enquanto apenas 4,1% dos jovens cadastros do CNJ à espera de uma família têm menos de 4 anos. Por isso, muitos não conseguem encontrar um lar e quanto mais velho forem, mais difícil será devido as preferências das famílias.       Outro fator é a baixa disposição dos pretendentes, menos de 20%, para adotar irmãos. Visto que entre os aptos à adoção no Cadastro Nacional de Adoção, quase 80% possuem irmãos. Tal ocorrido é motivo determinante para muitos pequenos passarem suas infâncias a um lar, percebido que existem mais crianças para adoção do que pessoas disponíveis a adotá-las com suas peculiaridades.      Portanto, é inevitável que ocorram mudanças no sistema. Uma mudança imprescindível e de enorme valor é por em contato as crianças aptas a adoção com os possíveis responsáveis. O CNJ deve ser o responsável por fazer esses encontros acontecerem, encaminhando e distribuindo os adotantes entre os orfanatos do Brasil, a fim de que eles possam conhecer diversas crianças. Também deve instituir que assistentes sociais acompanhem essas visitas. A partir desses encontros, famílias podem ter seus horizontes expandidos e podem mudar de opinião, por encontrarem conexão com uma criança mais velha ou por simpatizarem com irmãos. O contato direto irá permitir a construção de relações antecedentes a guarda legal, permitindo novas visões e diminuindo os impasses da fila.