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Enviada em: 11/04/2019

É inegável que no atual cenário brasileiro,muitas crianças e adolescentes estão em orfanatos e abrigos à espera de encontrar uma família e começar uma nova vida,porém,se elas não encontrarem uma família até os dezoito anos de idade terão que sair do abrigo e se adaptar sozinhos ao mundo e, muitas vezes, essa escolha forçada, resulta na entrada do adolescente no mundo ilícito,como drogas e álcool. Uma esperança para essas crianças é a crescente demanda de pretendentes para a adoção.Entretanto,a esperança esbarra no preconceito,no qual as crianças negras ou com algum tipo de doença são negadas pelos pretendentes e ,além da burocracia no processo de  adoção se torna um grande empecilho para reverter o problema do deficit na adoção.  "É mais fácil desintegrar um átomo,do que um preconceito enraizado".Tal frase do cientista Albert Einstein,ajuda-nos a refletir acerca de como ainda a população tem uma visão preconceituosa com as crianças negras ,doentes e maiores de seis anos no processo de adoção.Esse fato é comprovado pelos dados divulgados do cadastro nacional de adoção(CNA), no qual aponta que apenas 3% dos  45 mil candidatos estão dispostos a adotar crianças negras e maiores de 9 anos.No entanto,é nesse grupo que mais de 60% das crianças estão aptas a serem adotadas no Brasil.Logo,a exposição do problema agrava e põe várias crianças na marginalização social,pois a maioria delas não está sendo pretendida.   Vale ressaltar que além do preconceito,outro empecilho no processo de doação é a burocracia que ,muitas vezes, fazem  pais desistirem de adotar.Segundo dados da CNJ(Conselho Nacional de Justiça) os processos de doação giram em torno de dezoito meses e muitas entrevistas acerca do saber dos futuros pais.É claro que se faz necessário da burocracia para saber se os pais são aptos para receber a criança,todavia,o excesso de poder burocrático acarreta no afastamento de muitos pais na fila de adoção.Com isso,é percebível que a justiça brasileira falha na burocracia imposta no processo de adoção.  Nesse sentido, são necessárias medidas que possam atenuar esse problema em nossa sociedade.Portanto,a mídia e as escolas tem um papel imprescindível na conscientização e quebra de paradigmas , em relação ao preconceito na política de adoção de muitos pretendentes ,seja na internet e televisão,seja em palestras realizadas nas escolas acerca desse tema.Logo,os cidadãos seriam menos preconceituosos,e assim desintegrar esse preconceito na sociedade.Outrossim,o Governo Federal,junto com o Cadastro Nacional de Adoção devem colocar medidas que diminuam o tempo do processo de doação,por meio de um sistema em que otimize o período de entrevistas e burocracias,em busca de  aproximar os futuros pais das crianças,e assim fomentar a adoção em nosso país