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Enviada em: 12/05/2019

No filme "Um Sonho Possível" é contada a história de um jovem negro que vive em estado de vulnerabilidade social e por isso é acolhido por um casal que já tem dois filhos, ele logo é adotado e aceito por todos na família. Fora das telas de cinema a realidade é outra, uma vez que no Brasil os adotantes tem uma grande exigência na hora de escolher seus filhos adotivos, e por conta da burocratização do sistema judiciário em todo o processo. Por isso é necessário que se criem medidas para que se resolva tal problema.         Primeiramente, pode-se observar a pesquisa feita pelo CNJ ( Conselho Nacional de Justiça) que informou que a cada 100 crianças aptas para adoção 90 são maiores de 7 anos, e 60 delas possuem  irmãos e são negras. Em controvérsia a esse dado o CNJ também divulgou que a cada 100 adotantes somente 5 aceitam crianças com essas características. Dessa forma, fica evidente que a prioridade por crianças brancas, menores de 5 anos e sem irmãos dificulta a adoção no Brasil, fazendo com que os abrigos continuem lotados, sendo necessário uma maior sensibilidade da sociedade sobre essas condições.          Outro fato que dificulta as adoções são as grandes exigências por parte do Poder Judiciário, que mesmo com novas leis, ainda se mostra preconceituoso e conservador com o que é conceito de família e acaba burocratizando todo o processo. Nesse sentido, o filme " Meu malvado favorito"  é possível observar que um homem solteiro consegue facilmente adotar três meninas, deixando evidente que conceito de família é algo dinâmico e que outras características sociais é que deveriam ser mais importantes no momento do Estado escolher pais para uma criança. Por isso, o Judiciário deve seguir o Estatuto da criança e adolescente (ECA) e prezar sempre pela segurança, bem estar para que assim seja facilitado a adoção.         Desse modo, fica evidente que o processo de adoção no Brasil ainda é um processo falho que precisa de melhorias urgentes. Portanto, a Secretaria de Educação juntamente com as mídias sociais, deverá promover campanhas com o intuito de conscientizar e sensibilizar as pessoas, mostrando que adotar um filho deve ir além de características físicas. Por outro lado, o Poder Judiciário terá que seguir rigorosamente o ECA que coloca sempre em primeiro lugar a segurança da criança que será adotada. Pois só assim será possível criar um processo mais humano para ambas as partes.