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Enviada em: 24/04/2019

Para começar uma discussão sobre o tema adoção, é preciso entender a seguinte pergunta: "o que é adoção de crianças e adolescentes?" e a resposta é simples: é a criação de um vinculo afetivo que permanecerá por toda a vida com uma criança ou adolescente. E para afirmar que essas crianças estão em boas mãos foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prioriza as necessidades e os interesses delas. De acordo com os dados do CNJ, apenas 27% do total de crianças aptos a adoção têm até cinco anos, sendo que 78% dos pretendentes buscam adotar crianças desse perfil. Outro dado impressionante é que atualmente o número de pessoas interessadas em adotar é 12 vezes maior que a quantidade de crianças disponíveis para a adoção. É analisando esses dados que é possível ver a dificil situação do Brasil no âmbito da adoção, onde a maior parte dos brasileiros querem crianças pequenas, brancas e sem irmãos, o que acaba excluindo a maior parte de crianças disponíveis para a adoção. Atualmente no Brasil há 8.763 crianças a espera de uma família, enquanto na outra ponta, há 43.615 pretendentes cadastrados para adotar, ou seja, um número discrepante e mesmo assim continuam tendo crianças sem lares. Portanto, o cidadão brasileiro interessado em adotar, tem que conscientizar-se que não é o fato da criança ser mais velha, negra ou ter irmãos que irá trazer problemas. A boa notícia é que aos poucos, o perfil dos interessados em adotar tem mudado no país. Dados apontam que, nos últimos oito anos, a proporção de pretendentes que tinham preferência por crianças brancas, por exemplo, passou de 39% para 17%. Já o índice dos que são indiferentes a cor, passou de 29% para 47%. Dessa forma, é desejado que esse preconceito diminua, a conscientização aumente e tenha-se cada vez mais lares de portas abertas para receber crianças e adolescentes órfãos ou abandonados.