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Enviada em: 25/04/2019

Atualmente, o Brasil tem 8.763 crianças à espera por uma família. Por outro lado, há 43.615 pretendentes cadastrados para adotar, de acordo com a pesquisa feita por Natália Cancian. Entretanto, a diferença entre o perfil desejado pelos adotantes e o perfil das crianças é um dos impasses para o processo de adoção. Nota-se, portanto, que tal processo é, no Brasil, extremamente burocrático, o que atrasa a maioria das etapas do mesmo.    As origens de tais impasses encontram-se na falta de estrutura do Judiciário. Isso ocorre devido ao não cumprimento das novas leis sancionadas em 2017, as quais visam estabelecer prazos para as diferentes etapas no processo de adoção. Um exemplo de descumprimento dessas leis é a história de Raquel e seu filho que, após dois anos com a guarda do menino, ela e o marido ainda esperam pela sentença final da adoção.    As consequências desses impasses são a longa fila de espera no processo de adoção, bem como a demora para a conclusão do mesmo. Nesse interim, observa-se que o número de interessados em adotar é maior do que a quantidade de crianças disponíveis para adoção, como dito na pesquisa acima. Também, é notória a incerteza de tais processos, o que deixa os envolvidos em constante ansiedade, pois a lentidão para a adoção ser  certificada corrobora a adoção como incerta.    Dessa forma, para que o processo de adoção se torne mais rápido e ágil, é necessário que o Poder Executivo execute devidamente as novas leis criadas pelo Judiciário. Para isso, é imprescindível que funcionários como assistentes sociais, psicólogos e juízes  sejam contratados para agilizarem os casos de adoção. Por fim, para conter a demanda de interessados em adotar, é importante que os adotantes ampliem o perfil de adoção requerido, pois, ao retirar as restrições como a cor da pele e a idade da criança, agiliza o processo de adoção.