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Enviada em: 25/04/2019

A função da adoção é garantir à convivência familiar e comunitária. Atualmente, o número de pessoas interessadas em adotar é doze vezes maior que a quantidade de crianças para adoção,porém ainda há impasses no processo de adoção. Nesse âmbito, a problemática persiste por ter o descompasso entre o perfil da criança e dos pretendentes e pela obrigatoriedade de adotar mais de um quando irmãos.       Grande entrave na adoção é a escolha do perfil da criança por parte dos pretendentes. Nesse viés, significativa parcela dos pretendentes querem optar pelo perfil (características e idade) das crianças. Dessa maneira, dados do CNJ, comprovam que enquanto apenas 27% do total de crianças aptas para adoção têm até cinco anos, 78% dos pretendentes buscam adotar crianças com esse perfil.       Além disso, muitos brasileiros cadastrados no processo adotivo, não têm interesse em adotar mais de um. Quase 66% dos pretendentes não estão dispostos a adotar irmãos. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção, cerca de 65% das crianças cadastradas possuem irmãos. No entanto, cerca de 66% dos interessados em adotar não querem crianças com irmãos. Consequentemente, ambos empecilhos fazem com que o processo de adoção seja mais demorado e menos eficiente.        Pode-se concluir, portanto, que apesar do número de interessados em adotar ser doze vezes maior que o número de crianças aptas a adoção, há impasses no processo de adoção no Brasil, causado pela divergência entre os perfis da criança e pretendente e pela obrigatoriedade de adotar irmãos. Para que a erradicação desse problema seja possível, é necessário que tenha um aumento de parcerias com grupos de apoio à adoção, que orientam os pretendentes quanto à mobilidade na escolha do perfil da criança. Ademais, é preciso que o poder judiciário crie varas específicas para área de infância e contrate técnicos como assistentes sociais e psicólogos que possam fazer o acompanhamento dos casos de adoção de forma mais eficiente.