No Brasil, apesar da grande melhora nas ultimas décadas, o processo de adoção continua extremamente longo. Também há vários impasses que, na atualidade, dificultam tal processo como a falta de estrutura da Justiça e as exigências de quem tem interesse na adoção. Um dos impasses nesse processo é o conhecido como "perfil ideal" . Muitas pessoas que se interessam em adotar uma criança, no geral, criam especificidades que estas tem que atender como idade, gênero e número de irmãos. Isso é sementado pelo fato de que há doze vezes mais pessoas interessadas em adotar do que crianças disponíveis para adoção, de acordo com o site Correio Braziliense. Crianças com irmãos acima de 15 anos, pré-adolescentes, adolescentes, ou com problemas de saúde também são fatores que diminuem suas chances de serem adotadas devido a tal "perfil". Além disso, uma lei que visava estabelecer prazos para as diferentes etapas da adoção foi barrada em virtude da falta de estrutura do Judiciário. Essa lei aceleraria o processo de adoção no Brasil, porém não há número suficiente de técnicos e juízes para dar conta desses prazos, o que dificulta o cumprimento da lei. Por conseguinte, é necessário que haja uma mudança na estrutura brasileira e um investimento na formação de varas específicas para a área da infância como assistentes sociais e psicólogos. Também é preciso promover uma nova percepção a respeito do perfil desejado para adoção para que, dessa forma mais crianças e adolescentes consigam ser adotados.