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Enviada em: 30/05/2019

É uma aceitação espontânea de uma pessoa como parte integrante da vida de uma família, é a criação de um vínculo afetivo que vai permanecer por toda a vida. Infelizmente, essa aceitação passa por um processo que, no Brasil, possui uma série de impasses, como por exemplo a falta de estrutura do País com relação à área de adoção, e os critérios que a maioria das pessoas adquirem quando decidem adotar.        Atualmente no Brasil, segundo o portal EBC, existem 8,7 mil crianças e adolescentes que aguardam uma família e 43,6 mil pessoas que constam como pretendentes no CNA (Cadastro Nacional de Adoção). Como que ainda existam crianças para serem adotadas se o número de pais é maior? Por conta da falta de estrutura e números suficientes de técnicos e juízes, o prazo de adoção estabelecido no Brasil acaba sendo muito grande, o que impede diversos processos. O tempo desde a tentativa de entrada para a lista de espera, passando pela adaptação da criança e pela aprovação do juiz, fica estipulado para mais de 2 anos, o que acaba se tornando um grande impasse.      Além da demora no processo, a maioria dos pais que desejam adotar, sempre procuram crianças com idades menores que 4 anos, sendo que a maioria das que precisam de um lar possuem mais que 8 anos. Além da preferência por idade, a maioria possui irmãos, e muitos pais não desejam adotar irmãos junto com a criança escolhida. De acordo com a CNA, existem 4881 crianças registradas para adoção, e 3206 dessas possuem irmãos. No entanto, 65,89% dos brasileiros interessados em adotar, não querem crianças com irmãos. Esse critério que a maioria adota, acaba sendo muito prejudicial para o processo em si, o que não traz benefícios para os adultos, e muito menos para as crianças.        Para que esses impasses sejam diminuídos, e o número de crianças registradas para a adoção seja diminuído, é necessário que a Lei que acelera o processo de adoção no país ganhe a estrutura necessária para que seja realizada. Esta lei além de estipular novos prazos mais curtos, pede por mais juízes e técnicos para agilizarem os processos em andamento, juntamente com assistentes sociais e psicólogos. É função então dos Tribunais Estaduais reconhecerem o problema (como o do RJ e DF reconheceram) e investirem em multirões para tentar acelerar a tramitação de processos.