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Enviada em: 01/05/2019

A adoção é o processo que consiste em, basicamente, um novo vínculo afetivo dentro de uma determinada família. Entretanto, esse sofre vários impasses no Brasil, posto que o número de interessados a adotar é doze vezes maior que o de crianças nos abrigos, segundo o CNA ( Cadastro Nacional de Adoção). Dito isso, é notório a presença das dificuldades em tal cenário, dentre essas é necessário entender alguma das causas para a conta não fechar. Alguma delas são o preconceito ainda existente e a morosidade da justiça.       Em primeiro ponto, é importante entender a forma que o preconceito afeta diretamente o processo de adoção, já que apenas 10% das crianças adotadas são negras, segundo o site G1. Isso evidencia um filtro perante as crianças, em que os adotantes preferem crianças do sexo feminino, brancas, mais novas e saudáveis. Dessa forma, é justificável a maior quantidade de famílias aptas a adotar, visto que muitos não estão dispostos a integrar qualquer tipo de criança, o que reflete o preconceito existente na sociedade brasileira. É lamentável que, em pleno seculo XXI, o preconceito ainda esteja presente e afetando, principalmente, os menos favorecidos como as crianças presentes nos abrigos.       Além disso, outro fator que contribui com os impasses no processo adotivo é a morosidade da justiça, ou seja, a lentidão demasiada para a conclusão da adoção. Atualmente, no Brasil, existem casos que ultrapassam o período de um ano para a conclusão do processo adotivo, isso acaba criando barreiras, já que muitos não estão dispostos a passar por toda a burocracia. No entanto, algum desses processos são necessários, pois será uma grande uma mudança na vida da criança e de quem a adota, logo é necessária algumas precauções durante o processo, todavia alguns tornam-se muito longos e é necessário que haja uma flexibilização quanto a isso.       Nessa perspectiva, cabe ao poder legislativo a modificação de alguns regulamentos, visando à redução da espera tanto dos adotantes, quanto da criança. De modo que não interfira na eficiência do processo. Além disso, compete ao MEC o gerenciamento de palestras nas escolas abordando o tema e explicitando a importância do acolhimento dos que vivem à margem da sociedade, também é importante que nessas exista um discurso combatendo o preconceito. Dessa forma, espera-se à quebra dos impasses existentes quanto à adoção.