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Enviada em: 30/05/2019

Atualmente, de acordo com pesquisas do governo, os interessados em adotar crianças prezam mais pela aparência desta do que o fato de realmente adotar e cuidar de uma. Cada vez mais cresce o número de crianças carentes/abandonadas, e junto a isso cresce também o número de indivíduos que tem a intenção de realizar uma adoção, sendo assim, notar impasses no processo de adoção no Brasil.       É possível observar que isso é uma consequência do modo de pensar da sociedade, ao ver que, por exemplo, quando um casal homoafetivo adota uma criança "abandonada/deixada" (por um casal heteroafetivo), estes são severamente criticados. Nesse cenário, observa-se também o debate sobre aborto e as crianças de rua; situação arduamente debatida nos dias de hoje e polêmico.       A falta de diálogo sobre o tema, causa diversas estigmas, se aproximando de um tabu em certos momentos. Não apenas isso, mas também piora cada vez mais a situação das crianças que tem a esperança de fazer parte de uma família, pois, quando não são adotadas, ficam em um "loop" de anseios e esperas, até que um dia se tornam adultas e devem aprender a viver, sem apoio, afeto, e boas condições mentais na maioria das vezes.       Uma melhoria deste caso, é significantemente complicada, pois requer uma mudança na superestrutura - ou seja, na forma como a sociedade pensa, a consciência -, algo que demandaria, por exemplo, ações de agentes culturais, atividades sociais, ou até mesmo do governo, ao notar que o problema se torna cada vez mais preocupante com o passar dos anos. Assim, uma boa forma de mudar isso, seria com sutis mudanças, vindo dos próprios indivíduos que pretendem adotar, tanto de pessoas que lutam por essa causa.