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Enviada em: 27/05/2019

No filme Uma lição de vida, tem-se a história de Eli, um garoto de apenas 10 anos que após perder a mãe por uma overdose, enfrenta um processo conturbado de adoção. De maneira análoga, evidencia-se na contemporaneidade a elevada burocracia no que tange a adoção no país, tal qual, o preconceito a casais LGBT’s como impasses no processo de acolhimento. Por isso, torna-se necessário o debate acerca dessa problemática.            A priori, é necessário analisar a lentidão sob a qual o processo adotivo é abordado no país. Apesar de estar em vigor a nova legislação aprovada em 2017 que trata da adoção, o processo continua lento, o que por vezes desestimula pais. Ademais, outra causa para a demora no procedimento é o perfil de crianças que os interessados tendem a optar que, majoritariamente, são indivíduos com saúde plena, abaixo de 2 anos de idade e de cor branca. Conforme revelou o Cadastro Nacional da Adoção (CNA), dos quase 40.000 interessados no processo de adoção no país, mais da metade não tem interesse em adotar jovens com mais de 5 anos.          Outrossim, é imperioso evidenciar o preconceito que casais LGBT’s enfrentam no processo adotivo. Apesar das leis do país preverem que cidadãos homossexuais tenham direito a adoção, o que se evidencia na prática é o surgimento de empecilhos, assim, jovens que poder-se-iam ser adotados deixam de o ser simplesmente em detrimento de um preconceito sistêmico que se manifesta na sociedade brasileira. Tal realidade se manifesta, por exemplo, quando se menciona um estudo realizado pelos educandos da Universidade de São Paulo (USP) que apontam o preconceito LGBT como uma das principais causas para o grande contingente de indivíduos para adoção.          Diante disso, faz-se necessário, portanto, que o Supremo Tribunal Federal (STF) agilize o processo de adoção no país sem que inviabilize a qualidade desse.Isso será obtido através de parcerias com as Universidades Públicas que fornecerão indivíduos das áreas sociais que através de estágios obrigatórios colaborem para a agilização do processo de adoção. Com isso, perceber-se-ia uma redução nas filas de crianças a espera de um lar. Outra ação de importância é que o Estado puna severamente profissionais que se recusarem a prestar seus serviços, ou até mesmo inviabilizarem a adoção por parte de casais homossexuais.