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Enviada em: 11/06/2019

No cenário atual de adoção no Brasil, há muitas pessoas interessadas em adotar uma criança, porém mais da metade destes que desejam ser pais adotivos encontram entraves nesse processo. Um desses impasses está no fato de que as crianças tem um ou mais irmãos, outro é justamente a idade, pois ao atingir os 15 anos de vida são encaminhados para abrigos públicos e aos 18 anos os adolecentes devem sair dos abrigos. Nesse sentido, devem ser analisadas as principais barreiras que inviabilizam o processo de adoção no brasil e as consequências nas crianças à espera de uma família.        Em primeiro caso, uma grande parcela das pessoas cadastradas em programas de adoção, historicamente não querem adotar crianças com uma certa idade avançada, ou ainda que tenham irmãos, fatores que tornam a adoção um procedimento angustiante para ambos os lados. o adolecentes que se encontram nos abrigos aguardam uma família que na grande maioria das vezes não aparece. Logo, os jovens atingem a maioridade e precisam deixar esses espaços, sem qualquer amparato do poder público ou das instituições que cuidam da adoção são lançados a própria sorte correndo sério risco de se marginalizarem.        Os pais candidatos a adoção, querem criar laços afetivos com as crianças que foram escolhidas, contudo uma grande parcela dos jovens possivelmente tem irmãos, na mesma ou em outra instituição. No tocante à afetividade, os orgãos que encaminham as crianças para a adoção buscam construir laços entre as famílias e os futuros filhos. Entretanto, como criar um campo afetivo sabendo que outro pode ser quebrado, distanciando irmãos que esperam por um lar. Muitas vezes, a tentativa de ser construir uma família pode erradamente se converter na destruição de outra que, embora sem pais, permanecem unidos até a adoção.         Ainda que, irmãos sejam adotados por famílias diferentes, mas continuem mantendo contato ou ainda os jovens que saem dos abrigos não entrem para a criminalidade. Não são rodos que tem a mesma sorte, portanto, cabe ao estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), juntamente com as instituições de adoção e o judiciário garantirem os direitos odos jovens maiores de 18 anos, dando-lhes estabilidade financeira, educação e emprego logo quando saírem dos abrigos. As famílias, devem oferecer as condições necessárias para as crianças, como também ao adotar um jovem, que tenha irmão, devem sempre manter contato entre os mesmos, embora se localizem longe um do outro. Assim, com essas medidas, laços afetivos não só vão ser criados como também ficaram ainda mais fortes.