Materiais:
Enviada em: 18/06/2019

A resolução em ter um filho adotivo é um ponto que requer muita reflexão. Além das questões financeiras, as emocionais são de extrema importância e  preponderantes para que se crie um laço de afeto efetivo entre o adotante e o adotado. Embora o números de futuros pais sejam maiores do que o de crianças e jovens aptos para a adoção, a idade desses adotandos, a existência de laços fraternos e a burocracia envolvida constituem os principais obstáculos para que o processo de adoção seja bem sucedido.       Há uma preferência, por parte dos adotantes, por bebês e crianças ao invés de adolescentes, pela crença de que a adaptação será mais fácil, visto que, acreditam que estes adotandos possuem uma menor capacidade de resiliência do que aqueles. Além disso, a existência de laços fraternos constituí outro empecilho à adoção. Neste caso, os futuros pais preferem crianças sem irmãos, pois não querem ou não possuem condições financeiras e emocionais de abrigar mais de uma pessoa em suas vidas, mesmo que esse outro indivíduo, o irmão, tenha sido adotado por outra família.       Faz-se necessário discutir também acerca de como a burocracia pode ser considerada um elemento negativo no processo de adoção. O tempo médio para se concluir o método adotivo é superior a um ano e muitas vezes cansativo. Assim, são necessários muitos encontros com assistentes sociais e psicólogo para determinar se os adotantes e os adotados estão aptos para a etapa de convivência. Dessa forma, muitos futuros pais se sentem desestimulados a seguir com o processo pela imprevisibilidade de quando e como o processo adotivo será concluído. Todavia, é preciso que, mesmo em processo mais simples de adoção, garanta-se a segurança física e emocional do adotado.       Em síntese, verifica-se que são muitos os obstáculos no processo de adoção no Brasil, sendo os principais a idade do adotando, a existência de irmãos e a burocracia envolvida no processo. Para que esses impasses possam ser solucionados é preciso que os abrigos promovam eventos de encontros, como passeios e atividades, entre os adotantes e os adotandos, mediados por assistentes sociais e psicólogos, para desmitificar preconceitos e esclarecer dúvidas. Além disso, são necessários, na esfera judicial, mutirões de advogados e juízes para que o processo de adoção possua mais celeridade e torna-se mais simples, para que dese modo nenhuma criança ou adolescente fique sem um lar.