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Enviada em: 04/07/2019

Anne Shirley, protagonista da obra literária ‘’Anne de Green Gables’’, é uma órfã de 11 anos, que após passar por diversas famílias, é finalmente adotada pelos irmãos Cuthbert. Não obstante, os irmãos esperavam por um menino, o que de fato não aconteceu. Fora da ficção, o cotidiano de jovens órfãos brasileiros não é tão diferente, visto que, enfrentam inúmeros obstáculos para serem adotados e saírem dos orfanatos. Logo, constata-se que as dificuldades na adoção são uma realidade no país, salientando assim, uma necessidade improrrogável de combatê-las.         Historicamente, nas civilizações antigas, a adoção era uma prática comum, em consequência, principalmente, dos nobres que não tinham filhos e, logo, não possuíam herdeiros. Tentando salvar e perpetuar sua linhagem, nobres adotavam jovens, que se tornavam seus herdeiros. No entanto, na sociedade tupiniquim contemporânea, essa prática tem sido impedida de ser realizada, devido às políticas rigorosas no que tange a adoção.         Ademais, não é o único problema enfrentado no sistema adotivo. Embora o número de órfãos em busca de uma família seja grande, eles não são adotados e, isso se deve, sobretudo, aos perfis solicitados, que incluem branco e menor de dois anos. E por não atenderem as exigências de quem quer adotar, os órfãos continuam em orfanatos. Em consequência disso, esses jovens acabam por crescer nessas instituições, e são excluídos e marginalizados pela sociedade vigente.         Diante disso, torna-se evidente que para amenizar essa problemática, o Estado deve intensificar reforços. Nesse cenário, é imprescindível que esse promova campanhas publicitárias governamentais-midiáticas de conscientização, que ressaltem a importância da adoção e como essa pode ser realizada. Ademais, urge ao Poder Legislativo, a criação de leis flexíveis e eficientes que possam de forma decisiva, auxiliar os casos de adoção, evitando que jovens passem anos nesse sistema.