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Enviada em: 19/07/2019

Dados oficiais relatam que as pessoas desejosas em adotar são cinco vezes maior que o número de crianças a espera de um novo lar. O que torna um verdadeiro entrave para que se diminua a quantidade de crianças a espera de um lar é a idealização dos adotantes sobre o  futuro filho .    Os futuros pais querem crianças preferencialmente brancas, de recém nascidas a quatro anos de idade e desprezam a ideia dela vir com irmãos mais velhos juntos. A romantização da adoção, o lar perfeito, sem problemas contribui para as dificuldades de lidar com crianças que vieram ora de lar desfeitos por infortúnios ora por serem vitimas de negligência ou abuso parental.  Muitos pais adotivos quando esbarram com adversidades querem devolver a criança aos cuidados do Estado como quem devolve uma mercadoria. Dificuldades também surgem quando os filhos são biológicos mas esses não se pode devolver.   Existe uma grande burocracia no processo de adoção, que em sua maioria ,tem a intenção de proteger a criança mas  o avançar na idade aumentam as chances dela ser recusada em um lar.   Com uma sociedade tão desigual em distribuição de renda, sem igualdade de oportunidades, e condições de vida a tendência é o aumento de crianças em busca de um novo lar. Sendo assim é necessário uma desromantização da adoção. Que os pais tenham consciência que as dificuldades poderão surgir sendo ou não uma maternidade biológica e encarar.  Assim como não separamos gêmeos em um parto  porque separar irmãos em adoção?  Ser pai e mãe da trabalho, exige dedicação, amor e construção diários. Se não quer o desafio e o trabalho não adote, não seja pai. Crianças não são mercadorias, não devem ser escolhidas em vitrines, elas precisam ser amadas por pessoas que aceitem como são e não busquem nelas suas idealizações.       Menos expectativas, mais realidade e amor e o processo de adoção será mais rápido dando oportunidades a muitas crianças encontrarem um lar com amor.