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Enviada em: 29/07/2019

O Artigo 227 da Constituição Federal do Brasil, afirma ser dever da sociedade e do Estado garantir o direito da criança e do adolescente à convivência familiar.No Brasil, existem dois principais empecilhos na adoção; a seleção preferencial por parte dos pais adotivos e a adaptação da criança, principalmente quando adolescente aos novos pais.   Segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção, o número de adotantes é doze vezes maior que o número de crianças disponíveis para adoção. Dessa forma, é possível observar que a presença de um perfil desejado pelos interessados em adotar, não abrange a maioria das crianças que aguardam por uma família. Ademais, de acordo com dados do mesmo órgão, 66% dos brasileiros interessados em adotar não desejam acolher irmãos, porém das crianças disponíveis 65,68% possuem irmãos, mostrando assim, que além da cor da pele e idade, a presença de irmãos tem grande influencia no processo, causando demora.     Ademais a construção familiar entre a criança e os pais adotivos é de suma importância, para um relacionamento familiar saudável e confiável. Em uma série da Netflix, “The Umbrella Academy”, um bilionário adota sete crianças poderosas, com o intuito de treinar elas a serem armas de lutas. Apesar de que o processo adotivo não seja detalhado, a falta de vínculo emocional é perceptível na família, bem como a criteriosidade no acolhimento. Fora da ficção, o medo de criar um relacionamento disfuncional e de não saber lidar com ele, faz com que a procura seja seletiva, com uma preferência a crianças menores de 8 anos.     Por tanto é mister que o estado tome providências para superar o impasse do quadro atual. Para uma conscientização da população brasileira a respeito do problema nos processos adotivos, urge que o ministério da família em conjunto do ministério da educação promovem palestras, propagandas e campanhas com ajuda de profissionais, a conscientizar as famílias sobre a importância da adoção sem distinção de sexo, idade, raça. Bem como cabe mídia a divulgação do sistema criado baseado no “Programa Foster” que funciona como uma fase intermediária entre o orfanato e a adoção, assim, o menor aprende a conviver em uma família (temporariamente) para estar mais preparado para a adoção.