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Enviada em: 03/08/2019

Desde a Constituição de 1988 a adoção no Brasil é vista como uma medida protetiva a crianças e adolescentes. Com isso se tem que, muito além dos interesses dos adultos envolvidos, esse processo prioriza o bem-estar das crianças em estado de adoção. Apesar do número cada vez maior de casais que procuram pela adoção, ainda há muitas crianças a espera.  O primeiro motivo necessário entender é a alta burocracia do processo, que o torna lento e desgastante. Muitos interessados não conseguem ou simplesmente desistem devido ao esgotamento emocional. É indiscutível que as famílias devem possuir uma estrutura adequada para receber uma criança ou adolescente, e cabe ao Estado analisar os envolvidos e estabelecer esse contato. Porém uma possível ineficiência dessa seleção pode ser uma explicação para a alta taxa de menores a espera de uma lar.   Outro ponto importante para compreender essa quadro é a preferência dos adultos por perfis específicos. A idade é um dos empecilhos, a procura por crianças novas, ou até mesmo bebês é muito maior, fazendo com que, quanto mais tempo a criança fica no abrigo, mais complicada fica sua adoção. Ter ou não irmãos também é levado em consideração, uma vez que os adultos querem geralmente apenas uma criança e não duas ou três. Além desses fatores, as características físicas infelizmente ainda são um filtro utilizado na escolha da criança.  Diante do exposto medidas precisam ser tomadas. Cabe aos órgãos responsáveis uma maior agilidade ao longo do processo, através de uma avaliação criteriosa das famílias, mas também humana e sensível, afim de que mais famílias estejam aptas a adoção. Aos adultos compete a reflexão sobre a essência da adoção, que deve ser feita por uma conexão e afinidade entre os futuros pais e a criança, cometida de forma espontânea e natural, sem perfis predefinidos.