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Enviada em: 08/08/2019

A Constituição Brasileira, adotada no ano de 1988, assegura, dentre seus inúmeros direitos, a garantia do indivíduo à moradia digna, que independe de sua idade. Entretanto, diversos conflitos violam essa promulgação, principalmente no que tange aos jovens que residem nos orfanatos do país. Tal impasse é motivado não só pelas diversas barreiras que existem no contato entre eles, como também pelos preconceitos que permeiam através das gerações a respeito da adoção.    Primordialmente, é necessário analisar o relato do psicólogo Carl Jung, o qual diz que ao tocarmos uma alma humana, é preciso ser apenas outra alma humana. De modo similar, o contato entre os jovens que serão adotados com seus possíveis pais deve ocorrer de forma gentil e amigável. Contudo, inúmeras barreiras, de ambas as partes, impedem esse contato - como a insegurança e a falta de instruções à esses adultos sobre a melhor forma de criar vínculos com esses adolescentes, os quais carecem de afeto.   Ademais, cerca de cinco mil crianças aguardam adoção no Brasil, segundo o jornal Correio Braziliense. Todavia, essas estatísticas permeiam na sociedade devido ao preconceito construído por gerações a respeito da adoção, como haverem riscos de dificuldade na criação de laços afetivos e inadaptação à nova família.   Portanto, é mister que ações sejam feitas para minimizar esses impasses. Para que esses adultos criem relações afetivas saudáveis com as crianças à espera de adoção, urge que os psicólogos desses orfanatos instruam-os por meio de encontros semanais com outros pais adotivos, a fim de haver compartilhamento de experiências sobre formas de criar vínculos com os jovens. Além disso, cabe aos veículos midiáticos, como os canais de televisão, exibirem novelas e seriados com essa temática, que objetiva desconstruir os preconceitos enraizados sobre a adoção. Desse modo, observar-se-ia a redução dos números de crianças que aguardam nas filas de adoção, assegurando o que garante a Constituição a respeito de um lar digno a todos.