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Enviada em: 15/08/2019

"A vida é muito longa quando se é solitário". É um verso cantado há 30 anos por Morrissey. Bem melancólico, como boa parte do repertório de sua carreira. Realmente, qualquer um concorda com essa opinião, mas poucos pensam na realidade de vários jovens brasileiros, que passam a vida sem alguém, ou sem qualquer afeto, vivendo em abrigos e nas ruas. Isso é muito mais real do que se imagina, não é apenas um refrão de música, é a realidade vindo á tona. Para piorar a situação, dar uma boa condição a essas crianças, acolher a elas, fazer delas parte de uma família é muito dificil. A adoção de crianças é muito burocrática, e dificulta muito o processo quando se envolve papeladas e documentos.   Muitos casais, diferente de algumas décadas atrás, optam por não ter filhos. A sociedade mudou e as pessoas preferem uma vida confortável, e não se sentem atraídas por tomar muito tempo num processo longo como a gravidez. É interessante induzir essas pessoas a adotar, uma vez que ajudam essas crianças, e se torna mais facil construir uma família. Será ótimo se esse pensamento passasse a permear com frequencia na cabeça dos jovens casais.   Por acaso, um casal tem vontade de adotar um filho. A mulher não consegue gerar um embrião, mas sente necessidade de ser mãe de uma criança. Quando ela e o seu marido decidem agir, se metem num processo lento. 20 Meses se passam e nada. A mulher ganha uma ótima promoção no emprego. Ela decide que quer comprar uma casa e viver em outro lugar. Como "não deu em nada" o processo de adotar, ela sente que não é a hora de ter um filho, ela precisa focar na dividas. Uma oportunidade desaparece, e a criança não é adotada. Se o processo fosse mais rápido, ela com certeza teria um lar, mas não foi o caso.   Milhares de crianças crescem nos abrigos sem uma família, e parece que o sistema ainda atrapalha a possibilidade desses jovens serem criados e acolhidos por alguém que vá de fato, se importar com eles. Urge-se, portanto, que isso mude. Se uma boa novela é capaz de influenciar as mães a colocarem o nome dos personagens em seus filhos, uma boa história pode mudar a visão de alguém, despertar vontade, quem sabe, de querer um filho dessa forma. As mídias são deveras importantes, e os profissionais qualificados no assunto devem sempre expor sua opinião a público. É importante atiçar as pessoas através de obras literárias, películas cinematográficas, entre muitas formas. Cabe, dessa forma, que o ministério dos direitos humanos facilite o processo criando uma legislação mais branda e que facilite a adoção. Se a pessoa não se incomodar, é importante cobrar isso dos governantes e deputados de seu estado e esperar um retorno. Se muitas pessoas se esforçarem, essa realidade deve mudar. Muitos jovens em abrigos vão agradecer por seu esforço.