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Enviada em: 01/09/2019

No contexto social vigente, o termo adoção poder ser definido como o processo legal que consiste no ato de se aceitar como filho de determinada pessoa, desde que respeitadas as condições jurídicas. Porém, é notório as dificuldades da ação de adotar na atualidade, pois segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil possui cerca de 10 mil crianças à espera de famílias, ponto que demonstra uma grave crise social. No entanto, observa-se que essa questão tem ocorrido por irresponsabilidade do governança, além de um pensamento equivocado da população.    Em primeiro plano, deve-se analisar a falta de responsabilidade dos governantes como principal causadora do problema. Dessa forma, é possível remeter ao fato histórico da criação do Código Napoleônico, em 1804, que autorizava a adoção para maiores de 50 anos. Entretanto, hodiernamente, o que se tem observado é uma escassez de alternativas viáveis para solucionar a adversidade, fator demonstrado com frequência nos números de orfanatos em estados de precaridade pelo abandono do governo, o que faz com que tais estabelecimentos não recebam a ajuda financeira adequada para auxiliar nas mais diferentes questões referentes aos órfãos, provocado por uma gestão ineficaz e preocupada em gastar tempo e verba em outras áreas como a saúde, gerando o agrave do caso.    Paralelo a isso, é essencial aludir sobre a forma de pensar ambígua da sociedade como outra possível imortalizadora do emblema. Desse modo, é necessário referir-se ao que afirma a pensadora brasileira Aline Pacheco, "adotar uma criança é dar a luz a uma esperança". Comprovando o desvio de pensamento do corpo social, os levando a ter a adoção como algo antigo e não condizente com a realidade atual em que a tecnologia torna possível várias maneiras de se ter um filho, tendo como  exemplo a fertilização em vidro, fazendo que não optem pela decisão de adotar, o que gera o agravamento do obstáculo.     Entende-se, portanto, que a continuidade dos impasses no processo de adoção no Brasil, na contemporaneidade, é fruto da negligência política e do pensamento incoerente do meio social. Diante disso, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Fazenda, deve criar um plano econômico voltado ao apoio financeiro atinente a manutenção e cumprimento dos diretos básicos em relação aos orfanatos brasileiros, por meio do repasse mensal de determinada quantia para essas organizações, tomando como base iniciativas adotas em outros países, como o objetivo de mudar o cenário hodierno. Ademais, é indispensável que as instituições de ensino, juntamente com organizações não governamentais (ONGs), promovam palestras sobre a importância de adotar, com o apoio de professores capacitados, voltados a jovens e adultos, com a finalidade de acabar com tal desmazelo.