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Enviada em: 24/08/2019

Na Austrália nos anos de 1950 e 1970 existia uma política de adoção forçada, onde o Estado tomava os bebês das mães solteiras e os doava a famílias sem filhos. Contudo no Brasil contemporâneo, tal barbárie não ocorre, porém o processo de adoção brasileiro mostra-se um assunto negligenciado. Nesse contexto, torna-se evidente o preconceito das famílias com o interesse em adotar no momento em que elas descrevem o perfil de crianças que buscam e as dificuldades da burocratização no processo de adoção.       Primeiramente, as exigências dos brasileiros ao descrever o perfil dos futuros filhos adotivos são extensos, assim como mostra dados levantados do Cadastro nacional de Adoção e divulgado pelo site Correio Braziliense, elencando o disparate do número de pessoas com o interesse em adotar sobre a quantidade de crianças disponíveis, sendo doze vezes maior. Nesse contexto revela-se o preconceito das famílias adotantes para com os perfis de menores acessíveis, onde tal futilidade tem de ser repudiada.         Além disso, cabe salientar sobre a forte burocratização do processo de adoção brasileiro, sendo um grande impulsionador do problema. De acordo com o escritor brasileiro Josemar Bosi "Para se adotar uma criança é imprescindível a apresentação de inúmeros documentos, para fazê-la, nenhum". Diante de tal contexto, deixa claro como a morosidade do judiciário nos trâmites dos processos adotivos são desgastante e quão pouco os sentimentos dos envolvidos são levados em consideração.       Infere-se, Portanto, que para o problema no processo de adoção brasileiro seja sanado, é preciso que os Deputados aprovem uma Lei que diminua a burocratização e a morosidade das etapas do sistema adotivo e o Governo Federal, em parceria com os Abrigos, possam promover sempre que possível o encontro das famílias adotantes com as crianças disponíveis, onde possam desmistificar o preconceito criado mostrando na integra as qualidades de cada criança. Dessa forma o Brasil poderá em alguns anos eliminar os impasses no processo de adoção.