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Enviada em: 20/08/2019

Aristóteles, filósofo grego, afirma que o ser humano só se torna homem entre outros, vivendo em uma sociedade regida por leis e costumes. Dessa maneira, percebe-se a importância da interação entre instituição familiar e criança na formação do indivíduo, porém, no Brasil, adoção enfrente dificuldades o que priva esses jovens dessa convivência. Diante dessa perspectiva, deve-se avaliar os fatores que favorecem esse quadro.  É indubitável que a adoção é cercada de preconceitos. Tal fato se evidencia na resistência a adoção de crianças que já tem irmãos, isso para evitar interação dessas com outra família, e quando esses tem mais de 15 anos, provavelmente, viverá no abrigo até os 18 anos. Consoante o sociólogo Émile Durkheim, fato social é maneira coletiva de agir e pensar, logo, nota-se que, por influência da família tradicional, conceituada popularmente como, pai, mãe e filho, as pessoas interessadas em adoção idealizam este ato, e buscam, quase sempre, adotar bebês, evitando crianças mais velhas, isso para montar a partir daí uma família nos padrões socioculturais.  Outrossim, a burocracia para adoção negligência essa oportunidade as crianças. Tendo em vista que, de acordo com a Constituição Federal - norma de maior hierarquia no setor jurídico brasileiro - é assegurado a população, a defesa a infância, e a família. Todavia, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) faz inúmeros exigências para poder conceder a adoção como, comprovações jurídicas de união estável, condições financeira, cerca de um ano de adaptação, o que geralmente pode levar anos, desestimulando as pessoas a adotarem.  Urge, portanto, que medidas sejam tomadas para garantir, de fato, a convivência no âmbito familiar as crianças desabrigadas. Perante isso, cabe ao Ministério da Justiça simplificar as leis de aprovação para doação, isso por meio de reformulação do ECA no poder legislativo, para que agilize o processo de conceição e evite o desistimos de pessoas que querem adotar. Ademais, assistência social deve fazer um acompanhamento psicólogo com os possíveis adotantes, para que desconstrua esse preconceito social acerca da formação familiar, e de oportunidades a adoção de adolescentes. Porque, dessa forma, poder-se-ia dar a essas crianças um lar.