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Enviada em: 21/08/2019

Amor, atenção, educação; diversas são as necessidades dos menores que esperam ansiosamente por uma adoção. No entanto, por mais que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) trabalhe no sentido de promover esse processo, no Brasil, ainda persiste a burocratização judicial para que o acolhimento desses vulneráveis aconteça, o que corrobora para a necessidade de debater sobre os fatores que levam a esse quadro e suas implicações.                  Em primeiro lugar, vale destacar que, de acordo com dados do Correiobraziliense, existem em torno de 40 mil pessoas no país interessados em adotarem uma criança. Entretanto, muitas adoções não se efetivam, devido a lentidão da justiça brasileira, uma vez que a quantidade de juízes contratados pelo poder judiciário é insuficiente perante a demanda. Em virtude disso, alguns casais como o ator Bruno Gagliasso e sua esposa Giovana, optam por adotarem crianças de outros países, como na África, no qual a tramitação do processo de adoção aparenta ser menos dificultoso.                   Além disso, outro fator que colabora para esse entrave e demora na adoção é o preconceito e a alta seletividade que os apadrinhadores estipulam. Tal atitude pode ser percebida quando eles priorizam a preferência por crianças com determinada cor de cabelo ou textura da pele, o que revela caráter discriminatório em relação a pessoas tão inocentes e carentes de afeto. Em consequência disso, essa outra parcela do grupo ,marginalizada, fica ainda por mais tempo nos lares de adoção sem terem a oportunidade de crescerem num ambiente, no qual  poderiam desenvolver sua individualidade como indivíduo.                 Logo, é mister que o ECA pressione o Estado brasileiro para a resolução dessa problemática. Ademais, o Estado deve expandir a contratação de novos juízes com o objetivo de acelerar os recursos de adoção. E isso, pode se dá também por meio da realização de campanhas de adoção em datas específicas e anualmente. Somado a isso, as mídias televisivas podem contribuir no sentido de criar propagandas sobre a importância da desconstrução de parâmetros preconceituosos de imagens. Dessa maneira, tornará possível conscientizar o discriminadores de que independente da cor, raça ou religião  todas crianças possuem o direito de viverem em um lar e de se desenvolverem como cidadãos brasileiros com plenitude de direitos.