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Enviada em: 19/08/2019

O encaminhamento e o procedimento de crianças para adoção continua sendo um trabalho difícil no país. Não obstante, o número de pessoas querendo adotar crianças e adolescente é cada vez evidente. Em vista disso, a preferência por crianças pequenas e na maioria das vezes de cor branca, às burocracias e a lentidão da justiça, tornaram-se fatores problemáticos diante às circunstâncias do processo adotivo.       Apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por meio da Lei n.º 8.069/90, facilitar à adoção de crianças e adolescentes, ainda se faz presente e notório o lerdo processo adotivo e a burocracia na adoção, nos quais atrapalham literalmente o acolhimento daquelas pessoas que sensibilizam em dar uma esperança para aqueles que mais precisam. Prova disso, são os dados divulgados pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), mostrando que cerca de 80 mil crianças e adolescentes estão em abrigos, sendo que apenas 10% desse total podem ser adotados. Caso a justiça tivesse mais sensibilidade e perseverança para agilizar no procedimento de crianças e adolescentes aptas para serem adotadas, indubitavelmente, as pessoas adotantes não enfrentariam a lentidão do processo adotivo.       Outro impasse dessa problemática são os estereótipos e paradigmas criados pela ideologia social de que a raça negra é inferior a raça branca, devido às influências de séculos passados, a exemplo do período colonial, em que a raça branca era configurada como superior a raça negra, e com relação a isto, é de tal forma inserida e exercida, infelizmente, em pleno século XXI. Além disso, vale salientar as dificuldades e os obstáculos que os casais homoafetivos sofrem para adotar uma criança ou um adolescente, havendo uma cisma e intolerância de muitos dos juristas, além da falta de apoio de seus próprios familiares de não aceitar tal situação.       Portanto, que a fim de dizimar tais dificuldades, burocracias e a lentidão justiça, faz-se necessário que o poder público promova políticas públicas juntamente com mídias a implementação de campanhas e mobilizações, efetivas, estimulando à adoção de crianças e adolescentes, tido como exemplo, a campanha "adote um pequeno torcedor" promovida pelo o Sport Club do Recife e criando uma instituição direcionada específica e exclusivamente para a área do processo adotivo. Ademais, elaborar uma comissão no meio político para se discutir acerca de adoções por casais homossexuais.