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Enviada em: 21/08/2019

De acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) existem cerca de 9 mil crianças cadastradas para adoção e aproximadamente 46 mil pretendentes à adoção. Embora seja alto a quantidade de jovens disponíveis,  o número de pessoas interessadas a adotar, é superior, evidenciando as especificidades do processo. Fatores como a predileção por determinada faixa etária e preferência à filhos sem irmãos demonstram a fragilidade do processo.   Em primeiro plano, segundo dados do CNJ 80% dos candidatos querem crianças que tenham até 3 anos. Logo, é perceptível que certas características dos interessados em adotar é exclusiva com a maior parte dos abrigados, já que a minoria se enquadra nesse cenário. Dessa forma, uma parcela de crianças estão sendo privadas de constituírem famílias por conta da idade.   Ademais, outro aspecto se faz relevante, conforme exposto pelo CNA (Cadastro Nacional de Adoção) 65% não querem crianças com irmãos. Por consequência, essa escolha prejudica ainda mais esses jovens que não se enquadrem nesse requisito, uma vez que não são adotados ou são separados de seus semelhantes. Assim, é necessário uma mudança de comportamento de quem se candidata a adotar.   Portanto, é notório que a maioria dos jovens que estão aptos a adoção não corresponde ao esteriótipo idealizado pelos candidatos. Diante de tais impasses, faz-se necessário que o Conselho Nacional de Justiça, que auxilia juízes nas conduções dos processos adotivos, trabalhem na desconstrução dos paradigmas que obstruem a obtenção de novas famílias. Por meio de parcerias com ONGs que promovam debates e vivências entre candidatos e famílias de adotados, tidos como fora do padrão, afim de desmanchar essas idéias de crianças idealizadas, aumentando assim as chances de um maior número de adoção.