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Enviada em: 21/08/2019

A adoção no Brasil já é um realidade garantida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como também citada pela Constituição Federal de 1988. Esta, além de ser um ato de amor, colabora para a diminuição de diversos problemas sociais, entre eles, a marginalização e abandono social de jovens. Entretanto, ela passa por alguns impasses, os quais dificultam tal processo. Nesse contexto, dois aspectos merecem destaque: a preferência por bebês e o preconceito racial.                                      É válido ressaltar que a exigência pela faixa etária tem acarretado na diminuição das adoções dos últimos anos. Grande parte da população tem receio em adotar crianças acimas de 10 anos, visto que muitas delas já carregam uma bagagem familiar e tem medo que isso propicie à alteração comportamental dos mesmos. Além disso, a demora pelo parecer da guarda provisória também tem dificultado o processo adotivo, uma vez que são necessários cerca de 2 anos para que a guarda seja dada ao indivíduo que pretende adotar. Ou seja, a burocracia diminui o processo de adoção.    Além disso, vale ressaltar que o preconceito racial ainda existente nesse sociedade que se diz ser evoluída, é fruto do processo de inferiorização ocorrido com os negros no período escravocrata. Ainda hoje, as pessoas têm dificuldades para serem empáticas com os negros e isso tem refletido diretamente no processo adotivo, uma vez que cerca de 67% das crianças são negras, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Dessa forma, é preciso que as barreiras do preconceito sejam quebradas.   Portanto, nota-se que a preferência por bebês e o preconceito racial são impasses na hora da adoção. Diante disso, o Governo crie e financie palestras, realizadas por psicólogos, aos candidatos à adoção, as quais desmistifiquem o estigma da adoção de negros e adolescentes, a fim de que não haja mais preferências no processo de adoção, nem por cor nem por idade. Dessa forma, toda criança ou adolescente terá uma família.