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Enviada em: 22/08/2019

O filme estadunidense "Um Sonho Impossível", conta a história de Michael Oher, um garoto de 16 anos que vive em um orfanato e que foge todas as vezes que acham um lar, até que Leigh Anne o encontra vagando nas ruas em um dia frio e decide o ajudar. Apesar de ser um enredo de filme Hollywoodiano, essa é uma realidade que muitos orfanatos encontram hoje em dia, embora o número de pais seja cinco vezes superior ao número de crianças na fila de adoção (segundo o Cadastro Nacional de Adoção), suas exigências dificultam o processo, tornando mais lento e excludente.                    A história Oher se choca com o que é vivido por muitos adolescentes no Brasil, ainda de acordo com CNA , 5% dos cerca de quarenta e três mil candidatos a serem pais e mães aceitam crianças de nove anos ou mais, esse grupo está nos 60% que são aptos a serem adotadas. Essa exclusão dos mais jovens, em muitas vezes se da por conta da "idealização da adoção", feita pelos próprios adotantes, onde há um certo esteriótipo em relação a esse público, onde eles em virtude da idade são encarados como mais problemáticos e difíceis de lidar.     Em virtude dessa idealização, apenas em São Paulo entre os anos de 2014 e 2015, aproximadamente duzentas crianças foram devolvidas (conforme o Jornal Nacional), segundo a psicanalista Ghirardi, a motivação é devido há uma forte uma expectativa dos pais para que solucione os seus problemas ou para que se encaixe na estrutura familiar oferecida, não atendendo assim essa meta, os jovens são devolvidos. O resultado disso pode causar traumas na criança prejudicando não apenas em uma futura adoção mas também gerar sequelas pela vida toda.                                        Portanto, é nítido que o processo de preparação antes de assumir tamanha responsabilidade deve ser mais importante que o de seleção. Um rigoroso método que não crie ilusões ou falsas expectativas deve ser encorajado pelo Conselho Nacional de Justiça, cursos obrigatórios, grupos de apoio pré e pós adoção deve ser feito com uma cautela maior a fim de desenvolver aptidões e sanar duvidas. Além da preparação, fotos de crianças que foram selecionados durante o procedimento de seleção deve ser incorporada ao sistema mesmo que não seja compatível com a idade desejada, pois, deve deixar  o meio mais humanizado e com uma aproximação maior. Corroborando assim por uma baixa devolução de jovens e um preparo maior dos futuros protetores.