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Enviada em: 23/08/2019

A adoção é um vínculo afetivo previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e prioriza a proteção e filiação desse grupo em casos de ausência ou alienação parental. Nas últimas décadas, é notório que o percentual de indivíduos adotados cresceu em relação a épocas mais antigas, nas quais o preconceito ainda era muito vivenciado. No entanto, ainda é grande o número de menores em filas de adoção. Os principais impasses para esse processo, no Brasil, são a demora crítica e a baixa disposição das famílias em adotar mais de um indivíduo.        A princípio é necessário pautar que há um conflito entre o desejo e o tempo de espera. Muitas famílias optam pela adoção devido a impossibilidade da gestação, além do avanço da idade. Por esse motivo, buscam a rapidez na continuidade do procedimento. Desse modo, a morosidade e a burocracia acabam, muitas vezes, levando os familiares ao desinteresse e, consequentemente, à desistência.       Deve-se pautar, ainda, a indisposição de muitas famílias em adotar mais de uma criança ao mesmo tempo. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção, quase 66% dos interessados não querem adotar irmãos. Esse fato leva, em muitos casos, a mais uma desistência do processo. Por esse motivo, continua alto o número de crianças e adolescentes na fila por um acolhimento.       O processo adotivo no Brasil, portanto, ainda possui muitos impasses. Dessa forma, cabe aos indivíduos interessados a procura por maiores informações, por meio de visitas e semanas de adaptação de ambas as partes, com a finalidade de se assegurar da escolha. Cabe, também, aos poderes envolvidos, facilitar o procedimento, com o aumento do número de órgãos responsáveis pela parte burocrática, para poder diminuir a espera e as consequentes desistências. É de responsabilidade do Governos, o incentivo à adoção de irmãos, através da mídia, com propagandas e documentários que revelem a importância de se preservar a irmandade, afetividade e tradições, muitas vezes vivenciadas pelos irmãos. Com isso, deve-se favorecer a adoção sem a necessidade de separar crianças ou adolescentes da mesma família.