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Enviada em: 28/10/2018

Decorridos quatro anos e cinquenta e uma fases, a Operação Lava Jato, que fora iniciada, em 2014, com o intuito de apurar crimes financeiros com recursos públicos, permanece inacabada e com sua duração imprevisível - o que escancara a depravação do sistema político vigente no país tupiniquim. Assim, a exacerbada impunidade evidencia a disfuncionalidade do judiciário brasileiro e ainda, fortifica a inversão de valores na sociedade. Logo, o brado retumbante da nação verde e amarela (con)clama por mudanças.        Em consonância com a acentuada falta de punição, os trâmites envolvidos nos processos judiciais atravancam o cumprimento da lei, uma vez que existem mecanismos que retardam o andamento das ações judiciais. Nesse viés, em meio à sociedade líquida descrita por Zygmunt Bauman, pode-se comparar o Poder Judiciário a uma “Instituiçāo Zumbi”, a qual perdeu seu propósito, porém continua ativa. Dessa maneira, implora-se por uma reestruturação.        Sob o prisma do desajuizado não cumprimento da lei, cresce o sentimento de desordem, visto que criminosos não são devidamente punidos - se validando de brechas burocráticas para permanecerem livres. Por essa perspectiva, a fala de Bertold Brecht: “Numa época em que o arbitrário tem força de lei, em que a humanidade se desumaniza, nunca digam: isso é natural”, incita a importância sobre revogar as situações inconsistentes no corpo social. Dessa forma, a demanda pelo fim da impunidade deve partir dos filhos da pátria mãe gentil.        Depreende-se, pois, que a demasiada (e inadmissível) ausência de medidas efetivas exige um comportamento crítico do povo brasileiro, que deve manifestar o seu descontentamento com o cenário atual da justiça brasileira. Por conseguinte, meios de comunicação oficiais do governo, como o portal de ouvidoria do Senado Nacional, podem ser usados, extensivamente, pela população, com o propósito de expressar reivindicações e sugestões para o aprimoramento das leis, a fim de que seja exposta a insatisfação da nação e seu anseio pelo progresso. Logo, a voz da população é a ferramenta para a mudança!