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Enviada em: 11/06/2019

No Antigo Império brasileiro, pós-criminalização da escravidão, a impunidade permitiu que o tráfico de escravos permanecesse presente. Hodiernamente, atrelada as raízes socioculturais do Brasil, essa, manifesta-se nas tentativas falhas de controle a pedofilia e a violência doméstica. O embate ocorre, no momento em que as consequências implicam em problemas psicológicos ou exício de vidas inocentes.   Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil obteve um aumento de 83% nas notificações gerais de violências sexuais contra crianças e adolescentes de 2011 a 2017. Dentre os casos, os números são maiores dentro de ambientes familiares, o que corrobora ainda mais para a ausência ou inexistência de punições efetivas. Infelizmente, o efeito gerado é imediato e a soma da crueldade com a destruição do conceito de lar- lugar especial de convivência afetiva entre pessoas-, resultam em sérios transtornos psicológicos. São comuns a depressão e a dificuldade de sociabilidade das vítimas que se ampliam a todos os segmentos vivenciados por elas. Faz-se imprescindível, portanto, a dissolução dessa conjuntura.                                                                                                                                                      Outrossim, é válido ressaltar que, impunidade estimula delinquência, já afirmava o brocardo latino. E quando se tratam das mulheres, vem acompanhada de apenas 8% dos municípios brasileiros possuírem delegacias da mulher, segundo reportagem feita pela BBC. O que torna a fiscalização quase impossível, visando que as denúncias diárias são incontáveis, da mesma forma que as mulheres, que vivenciam isso dia após dia. Além disso, no Estado, a preocupação com esses casos é pouco visível e isso transparece nas almas perdidas pra covardia. É preciso investir nas bases do futuro, as crianças, por meio de campanhas, palestras e atividades coordenadas por especialistas das áreas nas escolas. A fim de, proporcionar a essas, conhecimento sobre seus direitos e possibilidade de legitima-los.                 É premente também, para reduzir o problema, que o Estado puna devidamente conforme as leis, cidadãos que ajam na ilegalidade, para que fique exposto a pena por ações maléficas com os outros. Campanhas midiáticas em jornais, televisão e redes sociais, poderiam promover imagens e textos impactantes- como fotografias e/ou relatos de agressões reais fornecidas por voluntários- junto a textos relacionados, com o objetivo de relatar a indubitável relevância da resolução de casos como esses. Só assim, poder-se-á construir um país mais justo.