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Enviada em: 29/09/2019

Em 2014, iniciou-se a maior operação da polícia federal que condenou mais de 150 pessoas e executou mais de mil mandatos no território brasileiro. A Lava Jato surgiu com o intuito de investigar e quesionar a corrupção sistêmica no país. Diante disso, também veio à tona a discussão da ausência de uma punição efetiva na sociedade. Nesse sentido, torna-se imprescindível a discussão sobre a impunidade no Brasil     Primeiramente, evidencia-se a cultura de privilégios na sociedade. Dessa forma, desde 1500, com a formação da colônia, a população foi se construindo com privilegiados - capitães donatários, senhores de engenho, coronéis. Ou seja, aqueles com poder econômico ou político raramente sofriam da mesma forma que os não tinham nada. Analogamente, nos dias atuais, isso ainda ocorre. Segundo Sérgio Buarque de Holanda, o Brasil é um país de continuidades e não de rupturas. Logo, a continuação dessa cultura impossibilita a punição igualitária e efetiva.     Em segunda análise, é necessária a discussão da corrupção endêmica no Brasil. Sob esse aspecto, a medicina define endemia como uma doença característica de uma região. Isto é, a penitência é dificultada porque muitos órgãos responsáveis estão contaminados por essa enfermidade. O Rio de Janeiro, por exemplo, tem o corpo policial mais corrupto do país, de acordo com o jornal Extra. Desse modo, é, inquestionavelmente, cada vez mais árduo a batalha contra o crime e a impunidade.    É indubitável, portanto, que, ainda que dura, a luta à favor da punição concreta é extremamente necessária e necessita de uma mobilização total da população. Dessarte, cabe ao Estado - especialmente o Ministério da Segurança Pública - revisar todas as instituições de juízes, procuradores, entre outros. Por meio da Polícia Federal e Ministério Público, operações devem ser elaboradas e contar com o apoio financeiro do GOverno. Assim, espera-se que ações como a da Lava Jato tornem-se mais comum e que o crime no Brasil sejas tratado com seriedade e mais rigidez.