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Enviada em: 14/04/2017
A quem a palavra não educar, também o pau não educará. Essa máxima de Sócrates nunca esteve tão atual no Brasil. Por analogia, é possível afirmar que a corrupção atinge grande parte dos empresários nesse país, visto que não apenas esses empreendedores saem isentos de castigo após cometerem atos fraudulentos, como também os legisladores interferem e manipulam as leis para a promoção da impunidade. Relativo às propinas, o caixa dois oficializou-se dentro de grandes empresas privadas por meio de departamentos criados exclusivamente para tal fim. De acordo com as revistas Veja e Isto é, o ano de 2016 foi marcado pela descoberta dessas divisões secretas, em que diversos beneficiários possuíam apelidos, os quais formavam uma gigante lista de pagamentos indevidos por essas corporações. Contudo, a indústria da aliciação alega que, não fosse pelo suborno, ela não conseguiria vencer quaisquer licitações, uma vez que esse crime já instaurou-se como cultura pelo Estado. Ademais, alguns deputados e senadores tem criado brechas para que essas companhias fiquem isentas de alguns dos principais impostos, o que traz um enorme prejuízo aos cofres públicos. Infelizmente, como já dizia o filósofo Rousseau, a natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável. Nesse sentido, os governantes que participam desse desprezível esquema recebem muitas vantagens financeiras para suas futuras campanhas políticas, dinheiro esse que poderia ser empregado nas áreas da saúde, segurança e educação. Assim sendo, é primordial que a Lava Jato e outras operações similares multipliquem esforços, envolvendo agentes de várias esferas, a fim de julgar esses coronéis da política e da manufatura mais eficientemente, para que possam pagar por seus atos e, assim, preservar toda a nação. Outrossim, faz-se necessária uma mobilização social intensa por intermédio de passeatas e manifestos, pois só dessa maneira o brasileiro votará conscientemente, o que contribui para a construção da democracia.