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Enviada em: 01/07/2017

De acordo com Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um corpo biológico por ser, assim como esse, composta por partes, que interagem entre si.Dessa forma, para que esse organismo seja igualitário e coeso é necessário garantir que a lei seja aplicada, de maneira isonômica, para todos os cidadãos.Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois é comum vermos casos de impunidade em favor de algumas pessoas em virtude de seus prestígios políticos e econômicos.Logo, esse cenário desafiador é fruto, principalmente, da passividade da população em consonância com a fragilidade das leis.   Mormente, a falta de sensibilidade do povo brasileiro para as questões envolvendo a corrupção contribuem para gerar a impunidade.Para Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar.Dessa maneira, nota-se que tal problema caminha no mesmo sentido à teoria do sociólogo, já que a ausência de manifestações populares que cobrem mais justiça, pressionem o parlamento e o poder judiciário acabam passando a falsa impressão de que não há necessidade de mudanças e, por conseguinte, nada será feito corroborando, assim, a existência desse problema.Assim, a população deve conscientizar-se da sua importância para solucionar esse imbróglio, que tanto aflige a sociedade.    Além disso, é inconcusso que a não horizontalidade jurídica das leis e toda a sua burocracia também influencia para o surgimento da problemática.Segundo Aristóteles:" O conceito de justiça deve-se ao entendimento da legalidade e da igualdade".Partindo desse pressuposto, observa-se que esse revés rompe tal entendimento, pois a constituição determina a inviolabilidade da igualdade como direito fundamental, mas muitas pessoas que cometem crimes possuem um tratamento diferenciado dos demais mostrando, desse modo, a fragilidade das leis para algumas pessoas.Ratifica-se essa ideia, através de vídeos que mostram presos políticos tendo regalias dentro da prisão.Portanto, deve-se acabar com esse problema, que revela impunidade e segregação.     Destare, infere-se que só uma atuação conjunta entre governo e sociedade resolverá esse problema.Inicialmente, cabe ao poder legislativo e judiciário desenvolverem leis que garantam punições mais severas para quem comete crimes, principalmente, de grandes magnitudes, pois são esses os mais propensos a ficarem impunes.Além do mais, ONGs em parcerias com juristas especialistas nesse assunto devem criar palestras, que serão apresentadas para a população, conscientizando-os da necessidade e do dever social de se manifestarem em busca de justiça e tratamento isonômico para infratores.Sendo relevante, ainda, o desenvolvimento de propagandas, por parte do governo, que ratifiquem a necessidade de sensibilização da população para essa questão.Só assim, mudar-se-á essa triste realidade e criar-se-á uma sociedade que Aristóteles se orgulharia.