Materiais:
Enviada em: 28/05/2018

Ao atuar como uma das três leis newtonianas, a lei da inércia afirma que um corpo tem tendência a permanecer em constante repouso ou movimento retilíneo e uniforme, até que atue sobre ele uma força de intensidade suficiente para a mudança de seu percurso. Sob esse viés, a inclusão digital vem atingindo altos níveis de discrepância. Logo, representa um desafio a ser enfrentado de forma mais expressiva pela população. Diante disso, em vez de atuar como a força necessária para a mudança de rota desse, as novas tecnologias aliadas à forte desigualdade social contribuem para a intensificação  de tal problemática.      A esse propósito, é indubitável que o surgimento das novas tecnologias representa um dos principais influenciadores para com a divergência da inclusão digital no Brasil. Isso acontece porque, a inserção de tecnologias cresce de forma diretamente proporcional quando comparadas aos números de indivíduos que não possuem acesso a elas, ou seja, quanto mais expandida for a high-tech, maior será o número de pessoas sem utilizá-la. Algo deplorável, haja vista que mais da metade da população brasileira, 53%, segundo o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), não possui o acesso às novas tecnologias.      Considera-se também, a desigualdade social como uma importante impulsionadora do problema no tecido social. Isso se evidencia porque, segundo o romancista brasileiro Ariano Suassuna, o Brasil de hoje é dividido em dois países distintos: O dos privilegiados e o dos desfavorecidos. Tal conceito condiz com a realidade, tendo em vista que a maior parcela da população, ou seja, os desfavorecidos, não estão inclusos no globo virtual. Algo inadmissível, visto que em uma nação como a brasileira, com a alta arrecadação de impostos, estes não sejam reaplicados para a formação de uma sociedade mais justa e uniforme.       Torna-se evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Diante disso, é dever do Governo por meio de investimentos na educação, não só melhorar a qualidade de ensino dos cidadãos, como também implementar nas instituições escolares computadores e a rede de internet, a fim de que os indivíduos tenham o contato ao mundo virtual ainda quando crianças. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação (MEC) fomente, nas escolas, campanhas e palestras que discutam o combate à desigualdade social, com o intuito da formação de uma sociedade, deveras, igualitária.