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Enviada em: 30/07/2018

Desde as primeiras inovações maquinarias da Revolução Industrial, a tecnologia tem se tornado coadjuvante potencial nas transformações humanas, conquanto a sua velocidade de inovação, hoje, seja incomparável. Sob diversos aspectos, isso pode ser avaliado de forma positiva, pois evidencia que a humanidade está buscando avanços, o que caracteriza sua evolução. Entretanto, existe um lado perverso dessas mudanças: muitos indivíduos não conseguem acompanhar as novidades, gerando uma massa de excluídos, o que desconstrói a noção de equidade.                                                 Primeiramente, ao analisar a interação social com as novas tecnologias sob um viés histórico, nota-se o quanto é recente esse processo e, também, o quanto ele tem facilitado a vida de muitos brasileiros. Tendo em vista que, por meio desse avanço, diminuiu-se a dificuldade de comunicação com pessoas distantes, aumentou-se a disponibilidade de informações, facilitando processos educacionais – como o Ensino Superior a Distância- e fez com que os cidadãos se tornassem mais participativos no meio político, como os ativistas que se engajam em projetos internos e externos – movimentos como a Primavera Árabe só foram possíveis graças a sua difusão pela internet -. Nesse sentido, depreende-se que essa ferramenta, embora seja possível viver sem, fortalece inúmeras relações e facilita inúmeros processos do cotidiano, tornando-se quase indispensável.   Diante desse cenário, é preciso considerar a proporção de pessoas que detêm acesso sob as vantagens supracitadas. Dessa forma, como considerado pelo IBGE, apenas em 2014 o Brasil passou a ter pouco mais da metade de seus habitantes com acesso à internet, além de diversas outras novidades eletrônicas, seja pela falta de estrutura que não chega a todos – como populações rurais – seja pela indisponibilidade financeira. Tal fato, faz com que esses indivíduos tenham um isolamento cibernético, privando-os de acessos a cultura, entretenimento, serviços de utilidade pública e até mesmo a educação. Com isso, o país abre brechas para o acirramento da busca de tais inovações de modo forçado, como se percebe em saques a lojas e a própria população, introduzindo, dessa forma, mais mazelas a ser combatida pelo poder estatal.     Posto isso, é importante que haja a união entre as ONGs e as empresas privadas para investir na fundação de centros que tenham equipamentos tecnológicos, isto é, locais com computadores e acesso à internet, situando-os em pontos fixos e acessíveis para o acesso gratuito da população carente. De mesmo modo, caberá ao governo incentivar essas práticas com auxílios financeiros e incentivos fiscais às empresas que colaborarem. Por fim, a população poderá contribuir com doações, já que com o consumismo exagerado muitos aparelhos úteis são descartados sem ter o aproveitamento devido.