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Enviada em: 28/09/2018

Desde a instauração do meio técnico-científico-informacional, a internet e os meios de comunicação estão cada vez mais inseridos no mundo contemporâneo. Contudo, a inclusão digital ainda é um grande desafio para o Brasil, haja vista o fato de que o país possui um caráter heterogêneo no que diz respeito ao acesso dessas novas tecnologias. Sobre essa problemática, vale destacar as disparidades regionais e a falta de acesso à internet nas escolas públicas.    Em primeiro lugar, a disponibilidade tecnológica está diretamente relacionada à distribuição de renda e aos investimentos estatais em determinadas localidades. Consequentemente, as regiões carentes do país são as mais prejudicadas, como mostram dados coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, que apontam certas áreas do Norte e do Nordeste com índices de exclusão digital superior a 80% dos habitantes. Portanto, é urgente que os governos dessas regiões realizem investimentos na inclusão digital, pois o contato com os mecanismos da globalização não deve estar concentrado em lugares específicos, mas sim possuir um viés democrático.    Além disso, a modernização tecnológica e informacional possui papel fundamental na educação, uma vez que tornou possível maiores dinâmicas no ensino e trouxe novas metodologias pedagógicas. Entretanto, pequisas feitas pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade revelam que mais de 20% das escolas públicas nacionais sequer possuem acesso à internet. Dessa forma, a defasagem da integração digital nas escolas não afeta apenas as instituições, mas todo o país, já que a educação é um dos principais fatores de desenvolvimento de uma nação.    Dessarte, é notória a necessidade que o Brasil possui em superar os desafios da inclusão digital, tornando essenciais certas ações. A princípio, os Governos Estaduais e Municipais, por meio da averiguação das áreas mais afetadas socioeconomicamente, devem fornecer gratuitamente não apenas o acesso à rede digital, mas também aulas e cursos básicos de Informática em núcleos físicos especializados, o que diminuirá as desigualdades tecnológicas regionais. Posteriormente, urge que o Governo Federal, por intermédio de parcerias com o Ministério da Educação, além de possibilitar o acesso à internet em todas as escolas públicas, invista em infraestrutura moderna nessas instituições, como a construção de laboratórios e a disponibilização de tablets e computadores, a fim de incluir a educação pública no cenário técnico-científico-informacional.