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Enviada em: 08/08/2018

De acordo com o geógrafo Milton Santos, a sociedade, nos dias atuais, vive a era da revolução técnica, científica e informacional, que promove o progresso dos meios de comunicações. Contudo, no Brasil, o avanço das tecnologias tem gerado a desigualdade do acesso digital, problema que afeta a sociabilização humana, seja por causa da elevada taxa de concentração de renda, seja devido ao aumento do número de idosos.          Em primeiro plano, cabe afirmar que, de acordo com uma pesquisa, feita em 2017, pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística, cerca de 50 milhões de brasileiros vivem na linha de pobreza e têm renda familiar equivalente a R$ 387,07. Diante desse panorama, muitas pessoas não possuem condições financeiras para ter acesso a tecnologias de comunicação de qualidade, a fim de usufruir da era da revolução científica. Um exemplo disso é cidade de Fernando Falcão, Maranhão, que, segundo o Índice Integrado de Telefonia, Internet e Celular, apresenta a pior taxa de acessibilidade.           Sob essa ótica, vale ressaltar que o alargamento do topo da pirâmide etária do Brasil também influencia na taxa de desigualdade do acesso digital. Com o advento da ciência e tecnologia, os modos trabalhistas modificam-se, pois a tendência mercadológica é privilegiar quem possui maior conhecimento, fato que leva as pessoas economicamente ativa a buscar saber mais. Associado a isso, como os idosos que já estão aposentados não são estimulados a procurar aprender sobre o meio digital, essa classe social acaba por ter o acesso ao meio tecnológico frustrado.             Fica claro, portanto, que há a necessidade de implementações eficazes para garantir a inclusão digital da sociedade. Assim sendo, as prefeituras devem fornecer lugares públicos às organizações não governamentais para, mediante palestras e conferências, ensinar à população o manuseio adequado dos objetos inovadores e, além disso, as utilidades desses mecanismos, a fim de estimular os idosos, por exemplo, a se adaptarem ao mundo virtual. Por fim, o Ministério da Cultura poderia repassar recursos às secretarias estudais e municipais para, por meio de contratos, realizar obras e comprar equipamentos, de modo a objetivar a construção de lugares que propicie ao grupo social menos privilegiado usufruir dos meios tecnológicos públicos para ter acesso aos meios da revolução científica.