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Enviada em: 31/10/2018

A Revolução Técnico-Científica, obteve ascensão na segunda metade do século XX e promoveu a democratização do acesso à informação e a universalização dos meios de comunicação. Entretanto, essa disseminação não se deu de maneira igualitária em todos as regiões do mundo, o que possibilitou a grande parcela social que não está conectada virtualmente. Nesse sentido, percebe-se que há entraves os quais impossibilita a ampla e total inclusão digital, como a crescente desigualdade social, a qual propicia que determinadas camadas sociais não tenham poder aquisitivo para sua acessibilidade digital, e, o baixo investimento social por parte do Estado o qual deixa de atender todos os segmentos.    Em primeira instância, a existência do acesso à tecnologia não garante sua universalização em um país como o Brasil, de enorme desigualdade social e deficitário na democratização. Dados do IBGE corroboram tais diferenças: apenas cerca de 50% da população Norte e Nordeste estão conectadas, número abaixo da média nacional, visto que a região Sudeste apresenta cerca de 70% da população; o que evidencia que nas áreas com menores índices de desenvolvimento há mais dificuldade de acesso. Desse modo, o país pauta-se na tese marxista, a qual o Estado prioriza os desejos da classe dominante e negligencia as necessidades da minoria, ou seja, são excluídas de meios que fortacem o desenvolvimento do indivíduo, pois perdem oportunidades de vagas de emprego e estudos.    Somado a isso, em 2005 o Governo Federal implantou o programa "Computador para todos", voltado para a classe C e permitiu a oferta de computadores e acesso a internet a preços subsidiados.Contudo, é deficiente nas ofertas de professores especializados para fornecer o ensino básico das informações digitais, consequentemente, os mais pobres não se qualificam como mão de obra especializada, necessária a maioria das empresas. Além disso, o descaso do poder público em investimentos nas  áreas rurais ou municípios mais isolados permite o desinteresse de empresas de telecomunicações e de serviços de Internet, colaborando com a precariedade ou ausência de conectividade nesses locais.    Portanto, mesmo no seculo XXI, com a globalização e alterações tecnológicas ocorridas no mundo, ainda há não beneficiados com tais mudanças. Assim, é imprescindível que o Governo Federal potencialize suas políticas de distribuição de computadores em áreas rurais e periféricas, porém por meio de parceria com o Ministério da Educação, forneça a esses locais professores especializados a ensinarem o engajamento de alunos ao meio informacional, com o intuito de fortalecer e melhorar a capacidade de oportunidades para sua mão de obra. Ademais, deve-se criar legislação adequada para evitar cartéis nas telecomunicações e transmissão de dados e assegurar a utilização de sistemas e padrões abertos, para reduzir a dependência de sistemas e universalizar o acesso a todo o país.