Enviada em: 31/10/2018

Embora segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 100 milhões de brasileiros, metade da população absoluta do Brasil, estão conectados à internet nos dias atuais, infelizmente o acesso ao mundo digital ainda não é possível para todos os cidadãos do país. Nesse sentido, convém analisar os principais desafios a serem enfrentados para mudar essa triste realidade.       Inicialmente, é possível apontar a desigualdade regional quanto ao acesso à esfera virtual como um dos grandes e mais lastimáveis problemas para garantir a inclusão digital no Brasil. Conforme matéria publicada pelo portal de notícias G1, apesar de mais de 100 milhões de brasileiros poderem usar a internet, apenas 50% da população do Norte e Nordeste está conectada, número baixo comparado com outras regiões, a exemplo da taxa de 80% do Sudeste. Com base nesses dados, percebe-se que para concretizar sua tão sonhada meta de proporcionar tecnologia para todos, o governo brasileiro terá que dar enfoque nas áreas menos privilegiadas, reduzindo as diferenças desses lugares em relação ao resto do país.    Além disso, o alto custo dos serviços e produtos ligados à tecnologia no Brasil é outro lamentável problema no caminho da inclusão digital nacional a ser solucionado. De acordo com a tabela divulgada pelo governo federal em 2017, o salário mínimo atual está na faixa de 950 reais, valor que corresponde a um sexto do preço de um iPhone e apenas o triplo do que é cobrado pelas companhias provedoras de internet, preços esses que são caros devido a impostos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Diante desse contexto, fica claro como a carga tributária deve ser reduzida, pois é um grande e pernicioso empecilho que impede muitas pessoas, especialmente de baixa renda, de terem acesso à esfera digital.      Desta forma, faz-se necessário que o Estado impeça que mais pessoas sejam excluídas do mundo digital por meio da redução dos pesados impostos sobre produtos ligados à tecnologia. Para tal, o Congresso Nacional aprovará uma lei que diminuirá drasticamente as taxas alfandegárias para gadgets importados como o iPhone e abaixará ou, se possível, isentará totalmente de carga tributária qualquer serviço relacionado a esfera cibernética como provedores de internet, dando prioridade a estados cuja população tem menos acesso ao universo virtual. Assim, os serviços se tornarão mais baratos e mais acessíveis para cidadãos de baixa renda e que moram em regiões como Norte ou Nordeste, diminuindo as desigualdades regionais e econômicas e promovendo a tão sonhada inclusão digital para todos, o que fará com que o índice de brasileiros conectados à rede mundial de computadores saia dos míseros 50% e alcance números bem maiores.