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Enviada em: 31/10/2018

"A internet move o mundo". A frase proferida por Steve Jobs, fundador da Apple, se refere ao modo de vida contemporâneo, em que cerca de metade da população mundial tem acesso às redes. No entanto, a realidade brasileira está um pouco distante em relação à do restante do mundo, principalmente no que tange ao perfil das pessoas com acesso à internet no país e do modo elas têm de usar tal ferramenta.       Desde a Segunda Guerra Mundial com o surgimento do primeiro computador, desenvolvido pelo inglês Alan Turing, os avanços tecnológicos têm aumentado exponencialmente e, aliado a isso, as pessoas são cada vez mais estimuladas - por empresas do ramo tecnológico - a levar uma vida consumista, o que fomenta o mercado de inovações. Contudo, parcela considerável dos consumidores que fazem parte dessa cadeia produtiva vivem em regiões de alto ou médio Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com vasta cobertura de internet disponível e com alto poder aquisitivo.       Ademais, nota-se o mau uso e a conduta muitas vezes inapropriada que muitas pessoas têm quando conectadas; como é possível observar em casos de injúria racial - a exemplo da filha do ator Bruno Gagliasso -, xingamentos e até ameaças, o que configura diferentes formas de exclusão do espaço digital. Tal paradigma é apenas um reflexo do déficit educacional presente no país pois, como afirmou Manuel Castells: "um país educado com internet, progride; um país sem educação com internet, faz mau uso dela".       Portanto, é necessário que o Ministério das Cidades, em conjunto com os governos estaduais e municipais, invista na ampliação da cobertura do sinal de telefonia e internet, em especial nas áreas em que tal abrangência seja insuficiente. Além disso, é de suma importância que o Estado promova campanhas nos meios de comunicação em massa - internet, rádio e televisão - com o intuito de informar e conscientizar a população sobre conduta correta a se ter quando se está conectado e, dessa forma, tornar plena a inclusão digital de todos.