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Enviada em: 31/10/2018

Desde a invenção do primeiro computador feito por Alan Turing em uma tentativa de decifrar códigos nazista durante a Segunda Guerra Mundial muito se desenvolveu nesse aspecto. No Brasil, a quarta revolução tecnológica informacional já está acontecendo e engloba milhões de brasileiros. Entretanto, ainda há parcelas da população que não estão incluídas nesse processo, o que ocasiona diversos impactos negativos para vida desses indivíduos. Desse modo, faz-se necessário um estudo sobre a problemática e alternativas para combatê-la.   Em primeira análise, evidencia-se que conforme proferido pelo cientista Nicholas Negroponte, "A computação não se relaciona mais a computadores. Relaciona-se a viver". Nesse sentido, é evidente que a incorporação das novas tecnologias já se tornou uma parte significativa da vidas do seres humanos. Sob esse viés, os excluídos digitais sofrem diretamente um processo de exclusão social, na qual esses indivíduos ficam a margem de informações e debates importantes pertinentes a nossa sociedade. Tal marginalização ocorre principalmente mediante ao papel político e engajador que as redes sociais assumiram recentemente, haja vista, que por meio delas já é possível votar em propostas legislativas, fazer abaixo assinados, cobrar ações das autoridades, além de realizar diversas outras ações cidadãs.   Em segunda análise, observa-se que a falta de instruções e conhecimento por parte da população é um dos fatores preponderantes para essa problemática. Conforme dados divulgados pela Pnad - Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio - cerca de 24 milhões de brasileiros não utilizam a internet por falta de entendimento sobre como operar os dispositivos eletrônicos. Dessa maneira, a ignorância desses indivíduos reflete negativamente em diversos aspectos inerentes a vida contemporânea, como na falta de competitividade no mercado de trabalho, visto que as empresas de todas as áreas estão cada vez mais exigindo dos trabalhadores um nível de mínimo de conhecimento técnico sobre os novos meios e aplicativos informacionais para pode-los contratar.   Infere-se, portanto, que a exclusão social pode trazer diversos malefícios aos indivíduos afetados. Sendo assim, é imperativo que o Governo federal dedique parte das verbas arrecadadas pelo Estado nesse setor problemático, no sentido de realizar por meio de oficinas públicas e bibliotecas informatizadas a instrução básica da população sobre como utilizar a internet e os novos dispositivos eletrônicos. Tal medida seria executada por profissionais capacitados na área e auxiliada por pedagogos e assistentes sociais. Desse modo, todos teriam os conhecimentos necessários e seriam mais incluídos na sociedade, em geral.