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Enviada em: 02/11/2018

Não restam dúvidas que a Constituição Federal de 1988 foi um marco histórico na defesa dos direitos e garantias fundamentais dos brasileiros. Nela, estão inseridos valores fundamentais como à igualdade e o bem-estar social. Todavia, há, no Brasil, fortes disparidades que causam desequilíbrio de oportunidades. Desponta nesse cenário os impedimentos da inclusão digital para todos. Destarte, é possível notar a falta de políticas públicas voltadas para sanar essa disparidade. Assim, é precípuo que medidas sejam tomadas para reverter esse quadro e dessa forma promover a equidade defendida na Constituição.         A priori, o mundo contemporâneo é movido pela tecnologia, como ditou Steve Jobs, criador de todo um segmento desse setor. Diante dessa nova ordem mundial é crucial que as pessoas sejam incluídas para que tenham as mesmas condições de competição e qualidade de vida. Todavia, historicamente o país é marcado por desigualdades, sendo uma delas, a falta de investimentos para o segmento no norte e nordeste do país. Conforme, a Fundação Getúlio Vargas analisou, há Estados como Santa Catarina, que os serviços de telefonia, internet e celular são comparados aos países primeiro mundo, enquanto estados como o Maranhão, esses serviços são ofertados com a precariedade de países pobres. Dessa forma, é categórico investir no setor para oportunizar condições igualitárias aos que residem nessa região.       Outrossim, a tecnologia é algo novo, e como tudo que é novidade causa uma certa resistência por parte das pessoas. Sendo assim, os mais idosos são os que mais se opõem aderir a elas. De acordo com o IBGE, o Brasil possui cerca de 26 milhões de idosos, e cerca de menos de 20% dessa população opera os aparelhos digitais. As maiores dificuldades estão no manejo e na vontade de usá-los. Contudo, a tecnologia pode ser uma arma contra o abandono e doenças psicológicas, pois ela diminui espaços, permite aprender coisas novas e conhecer novas pessoas. Portanto, não basta apenas disponibilizar os meios, é necessário capacitar e motivar.      Diante dos fatos mencionados, é preciso que o Estado adote medidas para promover a inclusão digital. O Governo deve por meio do Ministério das Comunicações, do Desenvolvimento Social, da Fazenda em parceria com os Estados e Municípios, elaborar um programa para levar inclusão e capacitação digital aos locais mais longínquos da Federação. Nesse programa deve incluir profissionais especializados em lecionar para os mais diversos grupos, como idosos, jovens e adultos. Deve ainda, disponibilizar uma linha de crédito para a aquisição de produtos dessa natureza, para os setores Norte e Nordeste do país. Com essas medidas, espera-se construir uma nação mais igualitária.