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Enviada em: 01/11/2018

O escritor austríaco Stefan Zweig afirmou em sua obra literária que o Brasil seria um país do futuro, ou seja, grandes inovações sociais e tecnológicas seriam efetivadas. Entretanto, quando se observa a defasagem em medidas de inclusão digital na sociedade, é notório que tal ideário consta somente na teoria e não desejavelmente na prática. Nesse contexto, cabe analisar sobre como a negligência governamental e a falta de políticas educativas influenciam na problemática.   Em primeira análise, cabe salientar que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do impasse. Isso ocorre porque as forças governamentais apresentam-se isentas no cumprimento de ações públicas de inclusão digital. Visto que, os projetos que visam a acessibilidade ao campo cibernético, constam somente no escrito, como é o caso da ''Casa Brasil''. Porém, a concretização de tais medidas não são efetivadas concretamente e acentua, dessa forma, a dificuldade de acesso ao conhecimento, a exclusão social, além da desigualdade tecnológica, principalmente, às camadas mais vulneráveis socioeconomicamente.   Vale ressaltar, também, que a falta de medidas educativas e conscientizadoras por parte de grandes instituições, como a escola, impulsionam o revés. Tal fato se reflete em um estuda realizado pelo IBGE, no qual cerca de 38% da população apresenta desinteresse ao campo cibernético e 37% não sabem utilizar as ferramentas para adentra-lo. Nesse sentido, faz-se necessário a presença de ações educativas que ensinem e conscientizem acerca da importância da educação tecnológica, essencialmente, no contexto atual, que é globalizado. Pois, caso o ambiente educandário se faça omisso ao assunto, o impasse persistirá no tecido social brasileiro.   Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para resolver o imbróglio. Logo, cabe ao Governo Federal efetivar as propostas de acessibilidade ao ambiente cibernético, por meio da criação de telecentros, em locais e comunidades de situação precária. Ademais, tais centros devem contar a presença de técnicos em informática que tenham o intuito de auxiliar no processo de inclusão digital, a fim de enriquecer culturalmente, socialmente e economicamente os indivíduos. Além disso, cabe ao Ministério da Educação, junto às escolas, promover aulas e oficinas, abertas ao público, que ensinem e orientem sobre a importância do conhecimento tecnológico no contexto atual e como aproveita-lo para o crescimento individual.