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Enviada em: 01/11/2018

Com o fim da Guerra Fria em 1991, o mundo deu origem ao que muitos historiadores contemporâneos denominam Nova Ordem Mundial. Com o desenvolvimento expressivo da tecnologia da informação e da otimização de máquinas complexas,esse foi o contexto gênese para a globalização a que o século XXI vem sofrendo.No entanto, a problemática da desigualdade social —atrelada junto desse desenvolvimento —ainda deixa marcas na sociedade contemporânea, inviabilizando,por exemplo,o acesso igualitário à era digital e acentuando o isolamento marginal de determinadas camadas sociais.          Primeiramente, é necessário pontuar que, no Brasil, a desigualdade social é fruto de uma nação miscigenada por sua história, com predominância dos cargos privilegiados pelos colonos da época. Com isso, atualmente, há uma parte dessa herança segregacionista dissolvida ,mesmo que implicitamente, na sociedade brasileira e levando a impasses na expansão digital para as minorias de renda baixa da população.Isso se evidencia diante de uma pesquisa da revista Veja,em 2016, em que 25% da população brasileira vive abaixo da linha da pobreza, demonstrando o fato de que parte dos brasileiros ainda não possuem acesso a rendas consideráveis para desfrutar de dispositivos que acessem o ambiente virtual de rede.     Outrossim, é previsto pela Constituição de 1988 ,como objetivos da República,a erradicação da pobreza e marginalização, bem como reduzir as desigualdades sociais e regionais. por meio desses mecanismos, o Estado deve assegurar o incontestável princípio de isonomia no âmbito digital que, embora ocorra de forma efetiva em outros setores sociais, ainda é um problema no que se refere a era digital.Dessa forma, o ambiente digital ,que é visto como uma forma de inserção social e até mesmo exercício de cidadania ,ao funcionar como porta de expressão por várias camadas sociais ,permanece em um estado de inércia, com impasses que, consoante à Constituição, deveriam ser sanados pelo Estado.     Destarte, a desigualdade social, advinda com a Nova Ordem Mundial, precisa ser solucionada de acordo com a Constituição para solucionar o impasse da inclusão digital. Para isso, portanto, o Ministério da Educação deve investir na infraestrutura escolar e social, através de disponibilidade de livros educacionais referente à informática básica e incentivo a atividades coletivas desde cedo, para que a integração social se desenvolva desde cedo,atingindo com maior facilidade o ramo digital. Concomitantemente a isso, o Ministério das Finanças deve incentivar,por meio de propagandas midiáticas,a iniciativa privada para apenas após a conclusão do ensino médio, visando ao aumento das possibilidades de retorno financeiro em melhores condições na vida do trabalhador.